sábado, 19 de setembro de 2015

E o Antenor Angeloni pediu para sair


Está acabando o ciclo de Antenor Angeloni na presidência do Criciúma. Foi o que o próprio anunciou em entrevista à Rádio Eldorado pouco antes do jogo deste sábado contra o Luverdense, no estádio Heriberto Hülse, pela Série B do Campeonato Brasileiro.
"Acho que entrego sim. Eu enjoei, eu cansei. Não consigo acertar. Vou entregar em dezembro", revelou Antenor. O presidente não demonstra preocupação em relação à sua sucessão no comando do Tigre. "Tem gente entendida aí, vamos deixar que os entendidos tomem conta do clube", diz. Antenor frisou o esforço feito para pagar todas as dívidas e deixar o Criciúma em dia. "E estou gastando muito, é um milhão por mês e mesmo assim o pau pega e não alivia", afirmou, deixando no ar uma reclamação em relação às críticas.
Antenor contou que já comunicou sua decisão ao Conselho Deliberativo faz algum tempo. "Estou desiludido", emendou, não escondendo o desencanto com o futebol. "Gastamos muito, investi nos melhores homens para montar o time, para tocar o futebol, não deu certo. O pau pega direto, e a gente não faz nada direito", observou o presidente.
Diz, ainda, que absorverá todas as dívidas, não deixando quaisquer ônus para o clube. "Deixei tudo pronto aí. Agora tem um elefante branco para cuidar. E não tem dívida alguma, fica tudo nas costas do coitado do Angeloni". Não houve, segundo o presidente, adição recente de recursos no clube, mesmo com as saídas do atacante Lucca e do zagueiro Iago Maidana. "O Lucca foi emprestado de graça, não ganhamos nada. E o Maidana saiu quase de graça por um erro de administração aqui, pegamos quase uma miséria", frisou o dirigente. Até as cobranças da torcida estão pesando na decisão do presidente entregar o cargo no fim do ano. "Eu era santo pra torcida, e agora eu não valho nada. Pessoal só quer vitória, futebol é isso mesmo. Contratei os melhores, e não deu certo", pontuou.
Na conclusão, Antenor admitiu a limitação do atual time do Criciúma. "Sinceramente eu acho o nosso time ruinzinho, a gente vem assistir os jogos e só sofre", finalizou.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Semanas decisivas para a reforma política

O presidente Eduardo Cunha (PMDB) já anunciou: a Câmara Federal volta a discutir, a partir de hoje, a reforma política.

Acontece que o Senado aprovou uma nova versão do tópico que trata da abertura de janela para trocas de partidos, objeto de atenção permanente de vereadores Brasil afora projetando as eleições do ano que vem.

"A Câmara propôs uma janela só, neste ano, para a eleição de 2016. O Senado vem com a possível abertura de uma janela a cada eleição, o que desfiguraria a fidelidade partidária. Eu sou a favor da proposta que a Câmara já trouxe", afirmou a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB), em entrevista à Rádio Eldorado nesta quarta-feira.

Na região carbonífera há casos de vereadores de todos os municípios que planejam migrar de siglas, visando reacomodações políticas para o ano que vem. Em Criciúma, há pelo menos o caso do vereador Ricardo Fabris, que quer migrar do PDT para o PSD. A vereadora Tati Teixeira, do PSD, recebeu convite para aderir ao PR. Especula-se ainda que alguns vereadores do PMDB foram sondados para também buscar troca de partido.

"Esperamos que até semana que vem a Câmara feche questão sobre abrir ou não a janela", concluiu a deputada Geovânia, lembrando que são necessários 308 votos para prosperar a mudança entre os parlamentares.

Cenário nebuloso na eleição em Orleans

O ex-prefeito Gelson Padilha (foto) deixou o PP e filiou-se ao PR. Planeja, pelo recém constituído Partido da República orleanense, concorrer a prefeito no ano que vem. A possibilidade foi admitida hoje, na Rádio Eldorado, pelo presidente da comissão provisória da sigla, Marcos Martins.

"O Gelson Padilha é nosso nome sim. Ele se filiou ao PR, acreditou na nossa proposta de renovação para Orleans e se colocou à disposição para concorrer", contou o presidente Marcos. Mas Padilha já afirmou que está ao dispor do partido para ser até candidato a vice ou a vereador. "Mas a intenção do PR é mesmo ter candidato a prefeito", frisou Martins.

Com Padilha e o PR, mais a intenção do PMDB de lançar o delegado regional Jorge Koch como candidato a prefeito, e a possível indicação que o PP deve fazer, o cenário está congestionado. Acontece que há, ainda, o PSD como fator decisivo do pleito. Acontece que o PSD tem o prefeito Marco Cascaes como um natural candidato à reeleição, mas tem o empresário Aloir Librelato, que já se lançou pré-candidato, e pretende ir para o embate interno na sigla. Cogita-se que a família Librelato pode buscar abrigo em outra legenda, por conta dos embaraços que vive com o prefeito Cascaes. O PSD está claramente dividido em Orleans.

Menos salários e assessores na Câmara, sugere Smielevski

O Observatório Social de Criciúma divulga hoje, na página 3 do Jornal da Manhã, um levantamento dos gastos da Câmara de Vereadores, e apura que o Legislativo teve um gasto anual de R$ 686.500,33 por vereador em 2014. E mais, que no ano passado 83,2% das despesas foram com vencimentos, aposentadorias e encargos sociais. A Câmara tem, por exemplo, aposentados que ganham de R$ 22 mil a R$ 25 mil mensais.

"Mediante a esses números, desafiamos a Câmara a reduzir seus gastos. Os vereadores deviam baixar seus salários e diminuir os números de assessores", defendeu o presidente da Acic, César Smielevski, em entrevista à Rádio Eldorado. Perguntado sobre qual seria o salário ideal de um vereador, Smielevski não titubeou. "Zero. Se quer ser vereador, que seja sem salário", afirmou, citando seu caso na Acic. "O presidente da Associação Empresarial recebe uma ajuda de custo de R$ 1 mil", contou.

Atualmente, a Câmara conta com 17 vereadores, e cada um recebe R$ 7,7 mil mensais. Cada gabinete conta com dois assessores, com salários médios de R$ 3,6 mil. "Acho que é prematura a discussão de reduzir salários", respondeu o vereador Ricardo Fabris (PDT), presidente do Legislativo. "De fato a Câmara consumiu R$ 12 milhões no ano passado, mas não quer dizer que cada vereador gastou R$ 686 mil. Isso seria impossível", arrematou o vereador.