Marema fica ali perto de Chapecó. A uns 50 quilômetros. É uma minúscula cidade de 2,2 mil habitantes. Uma das menores de Santa Catarina. Pois Marema foi utilizada pelo deputado Gelson Merísio (PSD), como ponto de comparação para que Criciúma ganhe logo uma sede nova, e adequada, para a Câmara de Vereadores. Indagado sobre a atual sede, na qual esteve há uma semana, Merísio não usou meias palavras para dizer que se tratava de um espaço acanhado demais, aquém do tamanho da cidade e das necessidades do Legislativo, e lascou: "é menor que a Câmara de Marema". O deputado, que vende a pecha de bom gestor dos recursos da Alesc, sempre exalta a devolução de recursos que promoveu ao Executivo, entende que a Câmara de Criciúma tem que tocar adiante o projeto da nova sede, usar seus recursos para isso. Enquanto isso, o prefeito Clésio Salvaro (PSDB) mantem silêncio sobre construir uma nova Câmara. No fundo, ele quer que os vereadores esqueçam a ideia pois conta com a devolução do Legislativo para tocar seus projetos, com os já minguados recursos que dispõe. Enquanto isso, os vereadores vão se mantendo numa Câmara menor que a de Marema...
Clésio ambiental
Durou duas horas e meia a conversa do prefeito Clésio com o presidente da Famcri, Gelson Fernandes (PDT), na manhã desta segunda-feira. Gelson relatou que possui 40 funcionários, 25 concursados, e que a estrutura já é enxuta. Deve passar longe da tesoura de Clésio. Prefeito quer repassar gestão de praças e fiscalização de cemitérios para a Famcri. Legalidade está em estudo.
Itamar oposição?
O vereador Itamar da Silva (PROS) seria o líder do governo Márcio em 2015. Com a troca de prefeito, fico no vácuo. "Não fui procurado pelo Clésio. Conforme a conversa, não terei dificuldade em ser oposição, e olha que eu sei fazer oposição", lascou Itamar. O vereador frisou que "não gostaria de fazer oposição", mas frisa que não conversou com Clésio desde que ele assumiu como prefeito.
Líder do PSD
Clésio ainda não se manifestou publicamente sobre seu líder. Precisaria, regimentalmente, indica-lo até segunda-feira, na volta da Câmara quando o prefeito vai ao Legislativo levar sua mensagem. É provável que seu candidato a líder não esteja no PSDB, e aí há quem aposte no PSD como a bola da vez para oferecer o líder: Tati já foi, Camila é da mesa. Salésio Lima seria a aposta mais viável...
Teste de fidelidade
Uma bomba já vai cair no colo dos deputados estaduais. E não demora. O polêmico projeto do governador Raimundo Colombo (PSD) para alterar a carreira dos professores. O Sinte denuncia um "canetaço" de Colombo na medida provisória que muda o status e a remuneração dos ACTs perante aos efetivos. E será a primeira prova de fogo da fidelidade da Alesc ao governo.
Hora de quem trabalha...
Ainda tem rendido repercussão o episódio da troca das plotagens dos carros da Prefeitura após a posse de Clésio Salvaro. Adesivos com o sentido literal de "agora trabalhando de verdade" tem causado desconforto entre servidores e comissionados do antigo governo Márcio que agora seguem com Clésio. Mas ninguém teve coragem de questionar perante ao novo chefe. Por enquanto.
Pegando no pé
Gerou boas gargalhadas e uma curiosa repercussão a brincadeira do vereador Itamar da Silva com o Carnaval do Balneário Rincão. Em uma das postagens, compartilhou foto de um humilde trio elétrico, chamando o evento de "pobreza danada". "Sou pagador de impostos, livre e de bons costumes. Como cidadão, tenho esse direito. Mas foi uma brincadeira", definiu o vereador.
Guinada radical
Evandro Gava (PP) estaria dando a guinada que há muito se esperava dele com as mudanças promovidas agora em seu governo. Ocorre que o prefeito de Nova Veneza cometeu claros equívocos estratégicos ao aglomerar secretários das mesmas regiões, e ao bancar obras pouco estratégicas. O problema está no agregar do PMDB. O novo parceiro talvez não seja o salva vidas, mas sim a âncora.
Geio e Zé
A guinada de Evandro Gava coloca no colo do PSDB o aliado que Rogério Frigo queria para tentar, com segurança, voltar a ser prefeito na eleição de 2016: o PSD. Não será surpresa, inclusive, uma chapa Frigo e Zé Spilere, com o atual vice buscando ninho na concorrência, para a mesma função. Tudo vai depender da reação de Gava agora. Frigo só aguarda.
Batata assando
Tirando Clésio e Márcio, e a instabilidade política na Prefeitura, nenhum outro político na região vive um momento tão complicado quanto o vereador Pastor Jevis. De saída do PDT anunciada há meses, Jevis não consegue viabilizar seu desembarque com garantias de que o partido não lhe tomará a cadeira. No diretório estadual, é ponto pacífico: Jevis sai, e o PDT toma a vaga na Câmara. E ponto.
Menina dos olhos
O Parque do Imigrante, a ser construído no Rio Maina, é a nova menina dos olhos do prefeito Clésio Salvaro. É a clara impressão que o prefeito tem deixado no ar após as últimas conversas. Carrega consigo, inclusive, uma data de inauguração, na segunda metade de 2016, perto da eleição. Pensa Clésio que com o novo point de lazer deixará legado tal qual o Parque das Nações, na Próspera.
Márcio reúne aliados
Confiante de que logo volta a ser prefeito, o vice Márcio Búrigo (PP) reuniu aliados próximos e possíveis secretários de um novo governo. Trocaram ideias sobre o momento político de Criciúma, e metas futuras. É este mesmo grupo que, desde a noite de quinta-feira, alimenta forte expectativa de que o agravo regimental encaminhado ao STF terá efeito positivo. Prazo de agora, a próxima quinta.
Fazendo convites
Prefeito Lei Alexandre (PP) fechando reformas no seu governo. Começou com a saída do vereador Rangel Loch (PP) da Saúde, para ser presidente da Câmara. Diego Passarela, sai de Obras, para onde vai o também vereador Dimas Kammer (PP), para assumir a Saúde. As mudanças nas peças tem um claro objetivo: fomentar Passarela ou Kammer para candidatura a prefeito em 2016. A definir.
Lei no PSB
Não é segredo para ninguém que o prefeito Lei Alexandre está de saída do PP. Não é de hoje que há esse ambiente preparado, e o destino também já é conhecido: vai para o PSB, por influência do ex-deputado Paulo Bornhausen, candidato derrotado na última eleição ao Senado. Uma das missões seria escalar alguém para concorrer em Forquilhinha em 2016. Não está nada fácil por enquanto...
Partido dos militares
A qualquer momento o Tribunal Superior Eleitoral bate o martelo e entrará em operação o Partido Militar Brasileiro. Mantive longa conversa hoje com o Capitão Augusto, deputado federal pelo PR de São Paulo e presidente nacional do novo PMB. Ele está empolgado. Diz que o partido nascerá com 10 a 15 deputados, dissidentes de outras legendas, e que logo será dos maiores partidos do Brasil.
Partido dos patriotas
Não tão adiantado, mas não menos empolgado que o PMB, está o POP, Partido da Ordem e Progresso, também em vias de nascer. Seu presidente nacional é o médico paulista Ronaldo Fontes, que define a sigla que está fundando como um partido "patriota, sem ser de esquerda nem direita e parlamentarista". Entrevisto Capitão Augusto e Ronaldo Fontes nesta terça, 7 horas, na Eldorado.
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