Vão cobrar ingresso na gôndola em Nova Veneza

Mais uma vez, a barbárie faz das suas. Três mulheres e um homem resolveram se banhar no lago da praça central de Nova Veneza no fim da tarde deste domingo. Desastrados, ou "embalados" pela proeza sem graça, acabaram tirando do eixo e derrubando a tradicional gôndola, causando estragos à estrutura física dela. Os prejuízos estão sendo avaliados hoje.

De antemão, a diretora de Cultura de Nova Veneza, Isabele Destro, anunciou que a Prefeitura vai passar a cobrar ingressos para os visitantes que queiram ver a gôndola. "Nunca cobramos. Os turistas até se surpreendem. Agora, com essa, vamos passar a cobrar. Vai ser um valor simbólico, mas necessário", explicou Isabele. Há custos para manutenção da gôndola, por isso também a cobrança.

A Prefeitura já possui imagens do acontecido. Vai usa-las na denúncia que será formalizada hoje à Polícia Civil, com a meta de apanhar os desocupados que danificaram a gôndola.

Papai Noel contemporâneo no Natal dos Sonhos

Ele é auto estima pura. Júlio Lopes, presidente da Fundação Cultural de Criciúma, deu um show de otimismo no Manhã Eldorado desta segunda-feira, anunciando a programação do Natal dos Sonhos, que começa nesta segunda-feira e vai até 23 de dezembro.

Entre as novidades, o Papai Noel. "Ele vai se locomover de uma forma diferente. Será um Papai Noel contemporâneo", prometeu Lopes, sem adiantar mais detalhes.

Outro ponto alto da programação será o Grande Desfile de Natal, a ser realizado em quatro segundas-feiras a partir da próxima, dia 30. "Será um desfile maior que o de Gramado. Não teremos o luxo das vestimentas deles, mas teremos muita beleza, cor e brilho. Serão 21 tripés de alegorias e 600 figurantes", explicou Lopes.

Integrantes do Circo Tihany vão participar dos desfiles. "Além de pagar mil reais por dia de aluguel, o circo ainda vai disponibilizar, nas suas folgas de segundas-feiras, alguns integrantes para reforçar o nosso desfile", comentou o presidente da Fundação. A programação será aberta às 20 horas desta terça na Praça do Congresso. O Natal dos Sonhos não tem custos para o município, e está sendo feito com base em parcerias. Na foto, o presidente da FCC tem em mãos a programação completa do Natal dos Santos, encartada na edição desta segunda-feira do Jornal da Manhã.

Criciúma consumiu 30 milhões de comprimidos em 2014

Outro dado relevante, e bastante curioso, levantado pelo Observatório Social de Criciúma e comentado ontem em reunião de diretoria na ACIC, diz respeito à gestão da saúde no município. Foi apurado que, pelo número de medicamentos distribuídos em 2014 na rede municipal, cada criciumense consome 149,6 compromidos, em média. "É um número assustador e até curioso. Mas é fato. Pela quantidade global de comprimidos consumidos, são sim quase 150 por criciumense, só se tratando de postos da rede pública, e via SUS e com recursos públicos. É muito consumo, e o mais consumido é o omeprazol", comentou o presidente do Observatório Social, Sinésio Volpato. Em uma conta simples, multiplicando os 149,6 comprimidos por 200 mil criciumenses, chegamos ao número de 30 milhões de comprimidos distribuídos com dinheiro do município no ano passado. Os dados foram levantados no Manhã Eldorado desta terça-feira.

Observatório projeta rombo de R$ 231 milhões no CriciúmaPrev

Em reunião com a diretoria da ACIC, ontem, o Observatório Social de Criciúma apresentou mais um estudo preocupante sobre a administração municipal. O organismo verificou que o CriciúmaPrev, fundo de previdência municipal, deverá apresentar, se continuar no ritmo atual de gestão, um rombo de R$ 231 milhões em um período de 40 a 50 anos.

"Hoje o CriciúmaPrev está relativamente saudável, pois é um fundo novo. Mas se continuar sendo gerido como agora, com esse desequilíbrio entre receita e compromissos futuros, fizemos um cálculo atuarial que constatou essa previsão de déficit sim", realçou o presidente do Observatório Social, Sinésio Volpato, em entrevista ao Manhã Eldorado desta terça-feira.

Os dados para a elaboração do cálculo foram apurados com base no banco de informações do Ministério da Previdência.

A velha rotina da busca de verba na Capital

Desta vez, o velho e necessário roteiro coube ao prefeito Evandro Gava (PP), de Nova Veneza. Acompanhado do vereador Edgar Preiss (PP), Gava passou por diversos gabinetes de deputados estaduais, na Assembleia Legislativa, em busca de emendas para investimentos no município. O melhor resultado alcançado foi com João Amin, deputado do Partido Progressista. De indicação dele, virão R$ 200 mil para Nova Veneza, um dos poucos municípios catarinenses a assegurar tal montante, a exemplo de Florianópolis e Timbó.

Prefeitura corta na carne. E a Câmara?

Um fato no mínimo inquietante envolveu a apresentação do pacote de cortes pelo prefeito Márcio Búrigo: a pouca presença de vereadores. Está evidente que o momento não é condizente com disputas políticas varzeanas, e que não está em jogo a urna no ano que vem, mas sim o futuro de Criciúma. A urna, só na hora certa, e agora é momento de unir forças pela cidade.

A presença de somente seis vereadores no encontro com o prefeito não foi positiva. Expôs a ausência de 11. Os ausentes dirão que não foram convidados. Correto. Mas e os presentes? Foram por qual razão então? Tanto é que, tão logo encerrou a conversa com os jornalistas, o prefeito Márcio convidou os vereadores para, em um ambiente fechado, dialogarem sobre pautas do Executivo que envolvem o Legislativo. Nos contou o vereador Paulo Ferrarezi (PMDB), um dos presentes, que Márcio pediu agilidade em pautas que envolvem recursos para a cidade. Logo, se impunha que todos os vereadores lá estivessem, ouvindo o prefeito e trocando ideias com ele pelo futuro da cidade.

O líder do governo, vereador Itamar da Silva (PROS), foi um dos ausentes. O presidente da Câmara, vereador Ricardo Fabris (PSDB), prefeito interino faz poucos dias, foi outro ausente. Entre os demais nove que não foram, até um do partido do prefeito, Giovanni Zappelini (PP). Outros que não apareceram: Edson Aurélio, Júlio Kaminski e Moacir Dajori (PSDB, naturalmente), Camila do Nascimento e Tati Teixeira (PSD), Toninho da Imbralit e Tita Beloli (PMDB) e Pastor Jevis (PDT). Com a devida vênia, um cartão amarelo para os senhores.

Apareceram por lá, e ouviram as explicações e apelos do prefeito, além de Ferrarezi, os vereadores Vanderlei Zilli (PMDB), Daniel Freitas e Júlio Colombo (PP), Salésio Lima (PSD) e Dr Mello (PT). Márcio solicitou, ainda, um espaço na Câmara para ir até lá explicar a atual situação financeira da prefeitura. Daí imaginamos que todos os edis lá estarão. Ah, e fica a dica: a Prefeitura cortou salários e cargos, não seria momento de o Legislativo fazer o mesmo?

A vassourada do Márcio Búrigo

O prefeito de Criciúma foi o retardatário de toda a região em uma providência condizente com o difícil momento das contas públicas. Ele sempre torceu o nariz, por julgar uma medida cosmética, para o corte de salários. Agora, o fez. A pressão é grande demais. "Quaisquer" R$ 200 mil economizados, como agora, ajudarão a fazer a diferença. Por isso, o corte de 30% nos seus vencimentos, do vice-prefeito (que segue desaparecido do governo), dos secretários e presidentes de fundações. Os diretores de secretarias terão 20% a menos no contracheque. Já os gerentes, 10%.

Sobre as demissões. As 342 postas em prática ontem - 230 na saúde, 80 no pátio de máquinas -, são todas elas para cumprir a decisão judicial que obriga a eliminar 803 contratados irregularmente desde 1994 na administração municipal. Os que saem, saem sem direito algum, apenas recebem os proporcionais de férias e 13º salário. Sem 40% de FGTS, nem nada mais. Explica a procuradora do município, Erica Ghedin, que eles passaram a ter contratos sem efeito com a decisão da Justiça.

Sobre as demais 375 exonerações a serem promovidas, silêncio e quase um clima de condolências. Márcio Búrigo não quer nem projetar quando as fará. Mas um fato é certo. As fará. E até abril do ano que vem. A economia proposta com estes cortes deve chegar a R$ 2 milhões mensais, o suficiente para que o secretário Cloir da Soler consiga arquitetar uma aritmética financeira capaz de fechar as contas razoavelmente em dia, para fazer aprovar as contas de 2015.