terça-feira, 31 de março de 2015

Chegou a hora do basta aos bandidos: chega!!


Está cada vez mais fácil ser bandido. Está cada vez mais difícil ser honesto, do bem, operário. Houve tempo em que sentar no ônibus para uma longa viagem de volta, do local de trabalho até a residência, já era o relaxamento de fim de jornada. O sujeito sentava no seu banco, olhava para o nada, esvaziava a cabeça, meditava, alguns até dormiam. Hoje, até este direito se foi, um dos poucos do trabalhador de transporte coletivo.

A cena repetiu-se, com ares de dramaticidade, na noite desta terça-feira. O ônibus branco do Expresso Forquilhinha vinha do Verdinho. Driblou os buracos da Jorge Lacerda, ultrapassou a rótula do São Roque e avançou em direção ao Sangão. Ao estacionar na parada de ônibus ali do núcleo central do bairro, perto da igreja, a surpresa: os quatro elementos que aparentemente aguardavam para seguir viagem, na verdade eram bandidos. Um deles armado. Revólver em punho. Outro, com um galão de gasolina. Primeiro, apedrejaram as vidraças, já dando o primeiro tom do terror. Me lembrei novamente dos tempos em que andávamos neste horário dormitando nos ônibus, esperando nossa parada chegar, extravasando sutilmente a difícil rotina.

Feito o ataque com pedras, dada a ordem de abertura da porta dianteira, posto o motorista a correr, com sopapos e ameaças covardes, os demais trabalhadores, cinco, que ali estavam viajando, em segundos já se espalhavam por onde podiam, na estrada. Defronte às casas, cercados por olhares escondidos pelas venezianas de outros trabalhadores que, atônitos, nada poderiam fazer, a não ser acionar uma Polícia Militar que sabe-se lá quando, chegaria.

Os covardes, não satisfeitos em acossar os cidadãos de bem com sua fugaz demonstração de força, derramaram o caro combustível carregado em um galão, para tentar incendiar o ônibus. A ameaça de que seriam apanhados por policiais fez os safados tomarem o caminho da fuga, tais como ratos. Restou um ônibus apedrejado, quase incendiado, e seis pessoas traumatizadas. Um motorista assustado, que certamente não dormirá esta noite pois, a exemplo dos passageiros, viu uma trivial viagem, como centenas que diariamente ocorrem por estas ruas, se transformarem no campo da tristeza de quem produz, e no campo de exibição dos que teimam em tentar tomar conta. E o pior, vão conseguindo. Por estas e outras, está passando a hora de um verdadeiro basta nisso. Estamos, enquanto cidadãos, cansando do discurso demagogo, sem resultado, de autoridades incapazes. Talvez o dia em que os colarinhos brancos do poder estiverem dentro de um ônibus atacado, eles possam entender a extensão deste problema. Enquanto isso, eles teorizam. E nada solucionam, E os bandidos agradecem, deitam e rolam. E o povo, ó...!

Jaguaruna na TAM: "Aeroporto não encontrado"


Não foi hoje, ainda, que o aeroporto Humberto Bortoluzzi, de Jaguaruna, apareceu no sistema da TAM para compra de passagens. Também pudera. Para a Agência Nacional de Aviação Civil, ele ainda não existia até esta terça-feira. "Agora ele existe. Saiu o documento que faltava na Anac e a TAM pode, finalmente, começar a venda de passagens", confirmou no fim da tarde, ao blog, o secretário de Articulação Nacional, Acélio Casagrande.

Ainda há quem duvide. Não é para menos. São tantos anos tratando-se de um aeroporto que já tem mais horas de inaugurações do que de voos. Na última sexta-feira, o gerente de Segurança da RDL, administradora do aeroporto de Jaguaruna, avisou, via Rádio Eldorado, que "é 95% certo que a venda de passagens comece nesta segunda". A terça já está acabando e ali está o sistema da TAM, acusando "Aeroporto não encontrado.". Em letra vermelha.

Nosso colega Gilvan de França fez, nesta segunda-feira, um passeio que faz tempo andei desejando, mas me faltou tempo. Por isso, embarco na carona do ilustre jornalista, que andou pelo Humberto Bortoluzzi, viu a bela estrutura física ali instalada, e clicou a foto que confirma o flagrante abuso com a paciência coletiva simbolizado pelo tal aeroporto. A placa indica a primeira inauguração em 27 DE DEZEMBRO DE 2010, e tem a assinatura do governador Leonel Pavan. Outra placa, perto desta, sinaliza "início das operações" em abril de 2014, e assinada está pelo governador Raimundo Colombo. Uma VERGONHA. Em letras garrafais.

Criança que faz criança, não é criança...

Com a pesada e profunda frase acima, o vereador Moacir Dajori (PSDB) trouxe para a Câmara de Criciúma o debate do dia em Brasília, a possível redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou, por larga maioria, a admissibilidade da PEC.

"Criança que faz criança, não é criança", lascou Dajori, quando na tribuna gastava alguns verbos para contextualizar a discussão federal. O vereador tucano entende que já é possível reduzir a maioridade para os 14 anos, algo totalmente fora de cogitação, ao menos por enquanto. "As leis sempre chegam atrasadas no Brasil. Vão baixar para 16, quando deveriam baixar para 14 anos", disparou.

A partir daí, o óbvio e repetitivo debate sobre o CASE em Criciúma. A velha cantilena dos terrenos, fulano que ofereceu, ciclano que quer vender, Prefeitura que não definiu. Uma novela chata, enfadonha, repetitiva, enquanto isso delinquentes continuam assaltando, estuprando, matando, e nada com eles acontece, não só pela complacência da lei, mas também pela falta de estrutura básica para defender o cidadão de bem. O CASE, ou a falta dele, é a prova maior da desunião política, da falta de prioridades e de projeto de futuro que reinam nesta pobre Criciúma. Mas o CASE é conversa, aqui no blog, para mais adiante. Com a saliva gasta nesta e em outras sessões, já teríamos levantado e rebocado alguns CASES na pobre Criciúma...

Elogio do dia: O golaço das Libras na Câmara

O mundo é crítico. Somos cada vez mais críticos. Nosso poder de analisar, fiscalizar e, principalmente, criticar, ficou ainda mais aguçado com o advento das redes sociais. Pois bem. Não são poucos os teóricos, psicólogos e filósofos, que apostam no elogio como o contraponto para uma vida melhor. Amainar a alma, desanuviar a retina, e ver o bom onde vemos tanto a melhorar. Afinal, para o bem vencer, ele precisa ser lembrado, sua existência precisa ser percebida.

Aqui vai, então, um retumbante elogio à Alini Mariot. Esta moça é a professora de Libras que faz a tradução da Linguagem Brasileira de Sinais simultaneamente, nas sessões da Câmara de Criciúma. É impressionante a agilidade, a capacidade dela, de transformar em sinais, tão rapidamente, aquele conteúdo que vai sendo emitido pelos vereadores nos seus discursos. Quem entende a linguagem chega a contar, por sinais ou vozes, que a Alini melhora os discursos.

Que bom. Embora reconheça minha ignorância quanto à linguagem, vejo o esforço da Alini, a capacidade técnica dela, e o acerto da Câmara em colocar uma pessoa certa no lugar certo. É por estas e outras que devemos louvar, sempre, as iniciativas em prol do bom uso do dinheiro público, para o bem público. E este é um caso. E o desafio está lançado: ao menos um elogio por dia, por gentileza. O mundo agradece!

segunda-feira, 30 de março de 2015

Fumaça branca: À espera da benção do Antenor

Lédio Daltoé e Cláudio Gomes cumpriram o roteiro de inúmeras manhãs nesta segunda-feira. Entraram no carro de um dos dois e fizeram a breve viagem do estádio Heriberto Hülse até o escritório do presidente Antenor Angeloni. Foi mais uma reunião. Não tratou-se de rotina por um enorme abacaxi a ser descascado: o projeto da Série B. A fumaça branca quanto à indicação de um novo diretor executivo de futebol ainda não veio. Antenor tem uma pequena lista sobre a sua mesa. E já investigou de tudo um pouco sobre cada um dos pretendidos. Salvo alguma surpresa, que não deve ocorrer, aí vai a listinha da hora:

- Homero Santarelli, o preferido do presidente. Tem forte oposição do seu irmão e sócio, Arnaldo Angeloni, que já desempenhou a mesma oposição a Rodrigo Pastana, riscado há mais tempo dos planos. Santarelli tem tirado proveito da amizade com o "santo homem" para se oferecer. Seu último trabalho, nada bem sucedido, foi no desconhecido Velo Clube, de Rio Claro, do qual foi demitido em dezembro.

- Felipe Ximenes (foto abaixo). Embora seja o mais caro da lista, é o que mais tem agradado ao presidente enquanto novidade. Talvez se torne, em questão de horas, o número 1 da lista. Já fez bom trabalho no Flamengo, e esteve no Coritiba também. Sua vinda será o indicativo mais forte, se ocorrer, de que o Criciúma planeja investir para voltar ainda neste ano à Série A.

- Cícero Souza. Já trabalhou no Criciúma. Talvez tenha sido, na gestão GA, dos mais bem sucedidos, pelos poucos recursos que teve, mantendo o Criciúma na Série A com aquele time do Argel Fucks. Tem a simpatia do presidente, de quem recebe telefonemas vez por outra. Está bem no Palmeiras, como segundo homem do futebol. Não sairia de lá para uma aventura no Tigre.

- João Carlos Maringá, ex-Chapecoense, não vem por estar amarrado com empresas de sua propriedade em Chapecó. Foi procurado. Como também foi Newton Drummond, o Chumbinho, que por muitos anos foi o cara do futebol no Internacional. Não agradou ao presidente. Antenor assegurou, no sábado, que ainda não havia procurado Moysés Cândido, ex-Avaí. Ainda.

(Com apoio dos colegas Gilberto Custódio e Márcio Cardoso, da Rádio Eldorado)

Deputados em "Debates do Sul" na Eldorado

Lançamos nesta segunda-feira o projeto "Debates do Sul", que vai nas próximas segundas-feiras reunir, sempre, duas lideranças a partir das 9h15min no estúdio da Rádio Eldorado para discutir os temas mais relevantes para o sul de Santa Catarina.

Estreamos com as presenças dos deputados estaduais Valmir Comin (PP) e Rodrigo Minotto (PDT). Começamos tratando das obras paradas no sul. "Lutamos na Assembleia por poder de investimento e transparência", afirmou Minotto, deixando claro sua contrariedade à atual política de aplicação de recursos do Estado. "Os aditivos recentes, de R$ 1,3 bilhão, fizeram o governo puxar o freio. O momento é de recálculos antes de retomar obras", reconheceu Comin, evidenciando as dificuldades financeiras do governo Colombo. "Mas o governador diz que não é bem assim", contrapôs Minotto.

Na conversa, o deputado Comin adiantou que a audiência da bancada do sul com o governador Raimundo Colombo, recentemente transferida, deverá acontecer nesta terça-feira, às 17h30min. "Está pré-agendada, estamos no aguardo da confirmação". Na reunião, os deputados pretendem cobrar o governador sobre as obras da Via Rápida e Anel Viário, paradas por falta de recursos.

Contra as SDRs

O discurso avolumou-se contra as secretarias de Desenvolvimento Regional, quando o custo da máquina do Estado foi posto na mesa. O deputado Minotto afirmou que nesta semana vai ao Tribunal de Contas do Estado buscar o recente relatório apontando a economia que Santa Catarina fará com enxugamento dessas estruturas.

"Não adianta mudar o nome, de secretaria para agência. Tem que cortar cargos, diminuir esse peso morto e desnecessário. O momento é agora", sinalizou Minotto. Comin concordou, e ponderou que o momento requer medidas drásticas. "Tem que reduzir. Só a nossa região tem 5 secretarias".

Pelos professores

A greve do magistério foi lembrada no bate papo com os deputados. "Nenhum governo em 17 anos conversou tanto com o Sinte quanto o governo Colombo", comentou o deputado Comin. Em contrapartida, o deputado progressista lembrou que "nos oito anos de governo Luiz Henrique, foram somente dois aditivos, de R$ 100 cada, o que fez estourar a bolha agora".

Rodrigo Minotto reforçou seu voto a favor dos professores. "Qualquer plano que venha a tirar direitos do magistério terá nosso voto contrário. Não aceitamos qualquer perda salarial para funcionários públicos", comentou, colocando em dúvida o atual plano do magistério arquitetado pelo governo.

Próximo "Debates do Sul" na próxima segunda-feira, às 9h15min, na Rádio Eldorado.

Guerrilha de Clésio x Márcio via Facebook

Sem mandato, mas com a busca incessante e permanente pelos holofotes, o ex-prefeito tem feito uso do Facebook para seus petardos contra Márcio Búrigo. Eficiente na desconstrução, assim foi contra o PMDB e Eduardo Moreira, Clésio dispara e forte em Márcio, agora, sob o argumento de que "retirará os filhotes de abutres da Prefeitura". Ele segue nutrindo entre os seus "seguidores", on line ou não, a confiança de que voltará a ser prefeito.

O lance mais recente contra o governo Márcio consiste em bater na secretária Dalvânia Cardoso (PP). Tudo começou na última quarta-feira, quando o vice-prefeito Verceli Coral (PSDB), falando ao nosso Manhã Eldorado, fez correlação entre as exonerações recentes no Paço e a figura de Dalvânia. O passo foi apertado nos últimos dias, de tal forma que os progressistas já elaboram mecanismos de defesa de Dalvânia, criticada também por não ser de Criciúma. Os aliados de Márcio, em defesa, lembram que Clésio é de Siderópolis, e seu ex "primeiro ministro", Dóia Guglielmi, é içarense.

E até Graça Foster entrou na história. Para ilustrar a crítica, e aprofunda-la, contra Dalvânia, Clésio fez uso, na manhã desta segunda-feira, da figura da ex-presidente da Petrobrás, ao mencionar que o clima está insuportável na Prefeitura, e que a secretária número 1 de Márcio tem sido "a Graça Foster" do atual governo. Resta saber em qual contexto o ex-prefeito quis enquadrar a provocação. Seja como for, vem mais chumbo grosso por aí. A aguardar, a reação efetiva do Paço. Ou não.

Criciúma pode ter até oito candidatos

Faltam 551 dias para as eleições municipais de 2016. E um clima de verdadeira guerrilha nos bastidores está instalado em Criciúma. Os gestos do final de semana, tanto de Márcio Búrigo (PP), quanto de Clésio Salvaro (PSDB), confirmam isso. Enquanto Márcio mantém prudência pública nas palavras - mas nos bastidores não poupa críticas ao seu antecessor -, Clésio tem sido mais enfático publicamente. Márcio tem aparecido mais nos eventos e nas obras, enquanto Clésio tem mantido suas peregrinações pela cidade. A coincidência da presença de ambos no Café Bergamasco deste domingo, sem qualquer troca de cumprimentos, evidenciou a fratura exposta. Márcio chegou com vereadores do PP. Clésio, com vereadores do PDT e PSD. Isso de forma alguma desenha um quadro definitivo, mas evidencia os namoros que estão em curso.

O quadro

Márcio Búrigo é natural candidato à reeleição. Conta com um vice do PSD. O nome natural hoje é o da vereadora Tati Teixeira. E mais, Márcio estaria esperando do governador Raimundo Colombo a retribuição - já que as verbas estão emperradas -, com o apoio em 2016, com o gesto político que teve em 2014, de contrariar inclusive o seu partido.

E Márcio quer o PDT. Mas no PDT, há quem queira Clésio Salvaro, com o convite já assoviado de uma vaga de vice-prefeito para o vereador Ricardo Fabris. Os personagens não confirmarão publicamente, mas é o desenho que se faz. A grande incógnita está na cabeça de chapa. Se Clésio puder concorrer, a chapa está engatilhada, com Clésio e Fabris. Se não, o empresário Flávio Spillere será convencido pelo ex-prefeito a aceitar a empreitada.

A deputada Geovânia de Sá dificilmente vem concorrer a prefeita pelo PSDB, por dois fatores: quer cumprir o mandato de deputada federal, que vem exercendo bem por sinal, e não está lá muito afinada com Clésio, em um desgaste que começou ainda nas eleições. Há quem diga, inclusive, que Geovânia estaria apenas aguardando a fundação de algum novo partido para saltar do ninho tucano, no que francamente não acredito.

O PMDB ensaia a candidatura do empresário Olvacir Fontana. Se ele, que nem filiado está, não aparecer com dois dígitos nas pesquisas internas até setembro, dificilmente se arriscará. O deputado Luiz Fernando Vampiro Cardoso vem apostando em Fontana, mas estaria disposto, se houver o aval do PMDB estadual - e haverá -, a ir para o sacrifício. Por mais que esteja minguando a cada eleição em Criciúma, o PMDB vai ter candidato.

O PT vai na mesma linha. O empresário e presidente municipal do partido, Fábio Brezola, é candidatíssimo. Já se porta como tal, desde a eleição suplementar de 2013. E o que lhe deu empolgação foi justamente a votação colhida no pleito extra: 10,26%, contra 11,89% do deputado Ronaldo Benedet (PMDB), o segundo colocado. Enfrentará a mesma dificuldade que o PT estadual teve em 2014, encontrar um parceiro para a disputa local. Chance grande de chapa pura.

Entre os demais partidos, o mais próximo de ter um candidato a prefeito é o PSB, que apostará no deputado estadual Cleiton Salvaro, em primeiro mandato, e com intenção de consolidar nome e marcar território. Apostará na terceira via, tentando entrar no meio do racha polarizado por PP e PSDB. Busca atrair o PPS, e emplacar o também deputado estadual em primeiro mandato Ricardo Guidi, o filho e herdeiro político do ex-prefeito Altair Guidi, como candidato a vice-prefeito. Se as tratativas de Márcio Búrigo com o PSD ou o PDT não vingarem para a composição de vice, não é de se descartar uma aproximação dele com o PSB, visando atrair o deputado Salvaro para a sua chapa.

E como as pequenas siglas deverão lançar uns dois ou três candidatos, como tem ocorrido nas últimas eleições, o horário eleitoral gratuito do próximo ano deverá ser povoado por até sete ou oito candidaturas ao Paço. Isto se a reforma política, antes disso tudo, não vier com prorrogação dos atuais mandatos, ou eleição de prefeito para apenas dois anos, visando a coincidência futura dos calendários.

terça-feira, 24 de março de 2015

Saiba qual o futuro do Hospital São José

Em um primeiro momento, elas foram reticentes. Depois, entenderam o recado. Agora, as irmãs do Hospital São José estão cada vez mais convencidas que a cartilha da eficiência será a tábua de salvação da instituição. E há um nome que exerceu papel fundamental neste convencimento da guinada administrativa que o hospital precisava: o presidente da Acic. Não por acaso, César Smielevski tem sido presença constante nas reuniões que tratam do hospital. Coube a ele, hábil e muito bem sucedido, empresário de larga visão, trazer consigo o cabedal da Associação Empresarial e o norte de ideias que farão parte da mesa que se formará para decisões importantes nesta quarta-feira no São José.

Ocorre que, ao longo do dia, a direção do hospital vai se reunir com integrantes do corpo técnico e o assessor jurídico Paulo Henrique Góes, portador dos resultados da reunião desta terça. Ele levará a informação, já tornada pública de que o governo do Estado até reconhece os R$ 14 milhões devidos por procedimentos já feitos, mas que há limitações legais impostas por portarias do Ministério da Saúde, que só permite ao Estado repassar R$ 7,8 milhões. O prefeito Márcio Búrigo apanhou o crédito que tem a receber do Estado, e dele tirou R$ 2,5 milhões para somar. São R$ 10,3 milhões. É pegar, ou largar.

Aí entra a nova lógica administrativa a ser debatida junto esta equação financeira. O Hospital São José precisará dar uma guinada forte na sua vocação. Primeiro, implantar a figura fixa do médico regulador. Será este profissional que garantirá, na portaria, que o São José só atenderá, exclusivamente, média e alta complexidade. Com isso, reduzirá em 50% o seu atendimento. Baixa complexidade, unha encravada, topada do pé na mesa, enfim, situações de menor porte, serão resolvidas nos postos de saúde e nos hospitais auxiliares da região. E, também na pauta, a redução de 80% para o mínimo de 60% na quantidade de atendimentos via SUS. A lei permite.

"O hospital tem dois rumos, neste novo contexto: ou reduz o número de pacientes, ou reavalia, para menos, o tipo de atendimento que presta. É certo que o hospital não vai continuar com o volume atual de atendimentos", contou ao blog, nesta noite, o presidente César Smielevski. E ele fala não só com a autoridade de líder maior da Acic, mas também de conselheiro recente das irmãs administradoras do hospital. Tanto é verdade que, na tarde desta terça, foi para Smielevski que o advogado do hospital, Paulo Góes, ligou para trocar ideias sobre o que fazer daqui por diante. O rumo está traçado. O fim do impasse é a bola, e o jogo está no pé das irmãs.

Debate

Para clarear estas teses, vamos promover um interessante debate na Rádio Eldorado nesta quarta-feira. A partir das 9h15min, vão debater no estúdio os vereadores José Carlos Mello (PT), Vanderlei Zilli (PMDB) e Ricardo Strauss (PP), mais o presidente da Acic. Vale a pena conferir!

Nada de amador: Paulo Baier será adversário do Tigre na B

Paulo Baier será adversário do Criciúma na Série B do Brasileiro. Ele reforçou, hoje, que está acertado com um time do Nacional, , não citou o clube, mas é provável que seja de São Paulo, e por lá planeja encerrar a carreira ao final do ano.

Baier fez o comentário ao jornal Diário de Santa Maria, por conta da repercussão de que estaria indo jogar no Amigos do Pintado, um time de futebol amador de Faxinal do Soturno. "Sou profissional", afirmou Baier. O dirigente do tal Amigos do Pintado, o senhor Pintado, confirmou que agora não deu certo, mas conta com Baier para 2016...

No link, a matéria com o Baier. Bem, pelo menos o Criciúma terá a chance, como adversário, de fazer alguma homenagem das tantas que deixou de fazer no ano passado.

Ascensão e queda do PT: o medo venceu a esperança...

Um ex-petista, extasiado e ao mesmo tempo triste ao ler esta nota de O Estado de São Paulo, escreveu o depoimento abaixo e o fez publicar neste singelo blog. Um desabafo de um brasileiro que ouviu o canto da sereia, votou, confiou, pulou do barco quando viu os intrusos chegarem e hoje, para tristeza da sua alma brasileira, vê o adernar do último Titanic político e eleitoral deste Brasil...

Quem diria... o presidente do Senado agora é paladino da ética com o dinheiro público, o arauto da economia do erário. Foi o que ele deixou claro ao manifestar, nesta terça-feira, sua preocupação com o inchaço e o "aparelhamento da máquina pública", palavras dele mesmo, pasmem!

Renan Calheiros, com fina ironia, compatível com sua sabedoria para manipulações e presenças em quaisquer que sejam os governos - havendo governo, estou nele -, declarou que "depois de aplaudir o Mais Médicos, é hora do Menos Ministérios", fazendo alusão que qualquer brasileiro com média visão sabe, que Dilma se viu acorrentada, não a eximindo de culpa, naturalmente, a manter um ministério que vem de Lula, com 39 pastas, muitas inúteis, com um ministério repleto de anônimos, ou coisas piores, para contemplar o rosário exótico de partidos e um empreguismo pelego, no qual a máquina pública é, como sempre, o depositário de derrotados nas urnas e de incompetentes de toda a ordem, salvo raras exceções, que encontram nos ministérios o depósito das suas frustrações eleitoreiras e o cabidaço necessário para se manterem agarrados às tetas governamentais.


Calheiros é deste naipe. Aí está um grave defeito do PT. Aquele velho PT de guerra, que jamais dividiria um palanque com gente do nível de Calheiros, Sarney, Collor e outras bandas podres mais, aquele PT construiu uma trajetória e ganhou uma geração inteira de votos pregando justamente o oposto do que hoje, e não é de hoje, defende. A abertura que Lula fez para chegar ao poder incluiu absorver o que de pior da baixaria política brasileira poderia associar ao PT, que iniciou aí uma autofagia hoje fatal para a sua história. Foi, para muitos da geração acima citada, o último bastião da esperança. 

Você, petista de carteirinha, dilmista de coração, o que respeito, e que agora está vociferando contra essas pobres linhas, me chamando de batedor de panelas da elite, de coxinha, de golpista, de rico contra o pobre, de opressor contra o oprimido, vai um recado: cantei Lula-lá em 1989, comprei estrelinha a 100 cruzeiros para ajudar o partido, entreguei panfleto no sinal, gritei contigo "fora FHC, Alca e FMI em 1994", chorei a terceira derrota em 98 e vibrei com a esperança vencendo o medo em 2002. Mas quando vi os bandalhos subindo a rampa do Planalto com aquele Lula de 2002, logo entendi que era um sonho juvenil aquele do qual participei. Sonho que evaporou, tal qual a primeira namorada que se foi para os braços de outro. E percebi, finalmente, que fui usado, como você foi, meu irmão, para dar o poder a esta gente gananciosa, que planejou tudo isto que agora aí está de podridão e bandalheira. Eles sim, são golpistas! Venderam a esperança de um país honesto, e venderam suas almas para causas pessoais e nojentas de enriquecimento, de uma corrupção que pode até ser igual ou menor a de seus antecessores, mas se fosse 1 centavo levado da Petrobrás, sugado do BNDES, seria dolorido para nós, pois trabalhador não rouba de trabalhador! Nunca! É a dissolução do PT na vala comum dos corruptos, aproveitadores e larápios, e o partido chega ao fundo do poço republicano ao ouvir apelos moralistas do até então amigo e aliado Renan Calheiros. A roupa do rei está tão carcomida que até Renan, ícone de tudo o que há de pior neste país, se dá ao direito de profetizar ética, demagogo, oportunista! É o alto preço que se paga por se misturar mal. Quer me dizer quem és? Me digas, com quem andas.

Assinado, um ex-petista e um sempre brasileiro! Boa noite.

Vereador questiona acessos ao futuro Senac do Centro

A Câmara aprovou, nesta noite, novo requerimento do vereador Ricardo Fabris (PDT), sobre projeções para o futuro da mobilidade urbana em Criciúma. Desta vez, Fabris questionou sobre o necessário estudo de impacto de vizinhança para os arredores do antigo Colégio Energia e Complexo de Educação, nas ruas Henrique Lage e Araranguá. "Em setembro o Senac deve transferir toda a sua administração e estrutura para o antigo Colégio Energia. E aquela região estará novamente com um impulso, mudará todo o visual, o aspecto de abandono de hoje", frisou. "Em três anos, o Senac tem meta de passar de 1,5 mil para 3 mil acadêmicos, dobrar em três anos. A cidade precisa daquele investimento", 

Mas o vereador lembrou que há, também, o projeto da Unesc em desenvolvimento. "E ali perto tem o Complexo Nereu Guidi, e a minha pergunta é se aquele local já está sendo preparado para absorver todo o fluxo e impacto", comentou Fabris. Ele citou que o Senac está criando 200 vagas internas de estacionamento, mas que há problemas de acesso naquela região. "Temos que saber se estamos preparados".

Para justificar seu apoio ao requerimento, o vereador Júlio Colombo (PP) lembrou que o prefeito Márcio Búrigo está preocupado com o futuro da cidade. "Por isso ele tem um secretário de Planejamento, para planejar Criciúma até 2030", disse Colombo.

Quem barrou vereadores em reunião no hospital?

Requerimento de autoria de vários vereadores, solicitando ao Hospital São José esclarecimentos sobre a proibição da participação de parlamentares em recente reunião na instituição, foi apreciado e aprovado na noite desta terça-feira por unanimidade.

"Em um dia, o hospital pediu nossa ajuda e participação nas discussões. No dia seguinte, chegamos eu e o vereador Vanderlei Zilli para fazer parte da reunião, e fomos barrados por alguém em nome do hospital", lamentou o vereador José Carlos Mello (PT), em nome da Comissão de Saúde, da qual ele é presidente. "Eu falei algumas coisas à irmã, cobrei a ela que, se quisesse fazer uma reunião secreta, que não permitisse a divulgação da mesma na imprensa. Queremos saber qual autoridade nos proibiu de participar de uma reunião de interesse público, de onde partiu essa ordem contra os representantes do povo".

Mello comentou que recebeu, ontem, um pedido de desculpas em nome do hospital pelo assessor da direção, Altamiro Bitencourt. "Eu aceitei o pedido de desculpas, mas ainda assim precisamos mostrar que somos um poder, trabalhamos em nome do povo de Criciúma".

Para justificar o requerimento, o vereador Vanderlei Zilli (PMDB), também barrado na reunião da semana passada, lembrou que já esteve em Brasília e Florianópolis várias vezes fazer reivindicações em nome do Hospital São José. "Participamos de muitas reuniões na área da saúde nestes cinco mandatos. "Porque fomos impedidos? Não sei. Uma representante do hospital veio perguntar quem nos convidou. O poder Legislativo é que foi barrado", lamentou Zilli.

O vereador Tita Beloli (PMDB) (foto), sugeriu que a Comissão de Saúde seja mais contundente na sua atuação, e apuração do que realmente acontece nas finanças do Hospital São José. "Eu acredito que foi algo premeditado", comentou o vereador Moacir Dajori (PSDB), sobre a proibição da presença dos vereadores na reunião. "Esta comissão é atuante. A Casa de Saúde do Rio Maina, por exemplo, não fechou pelo empenho dos vereadores. Faltou é respeito da direção do hospital, da irmã Líbera, pela Câmara. Respeito é bom e todos os vereadores gostam".

A liberação de R$ 100 mil mensais em 2011, em prol do Hospital São José, foi recordada pelo vereador Toninho da Imbralit (PMDB). "E sempre que fomos convidados para ir a Brasília, até em Novo Hamburgo para participar de reuniões, e sempre estivemos juntos. Quem promoveu esse atendimento foi muito infeliz. Esta Casa representa o povo".

Mulheres, hospital e segurança na Câmara

Os temas da noite destacados na sessão da Câmara de Criciúma foram o Hospital São José, a violência contra a mulher e obras estruturantes da região, entre outros.

A vereadora Tati Teixeira (PSD) subiu à tribuna para elogiar o avanço, pelo governo do Estado via Instituto de Previdência, da licitação para contratar a empresa que vai reformar o antigo prédio do Samu, na rua Desembargador Pedro Silva, onde será instalada a Delegacia da Mulher. Sobre mulheres, Tati comentou um episódio de violência ocorrido no Rio Grande do Sul, para ilustrar a necessidade de qualificar o atendimento às vítimas de violência. A vereadora lembrou, ainda, que uma homenagem a seis mulheres de destaque será feita nesta quarta no Legislativo.

O vereador Toninho da Imbralit (PMDB) lembrou da tribuna o compromisso recentemente firmado com a segurança pública, pela mobilização permanente pró-CASE e Casep. Já o vereador Tita Beloli (PMDB) apoiou a Comissão de Obras da Câmara, pelo trabalho realizado pressionando pela retomada de obras importantes na cidade. Citou este blog como fonte da informação sobre a promessa recebida hoje pelo secretário João Fabris, de que em no máximo 15 dias o Estado deverá repassar pelo menos R$ 15 milhões para pagar as indenizações que travam a conclusão da Via Rápida e Anel Viário.

O vereador Vanderlei Zilli (PMDB) destacou que foi positiva a reunião com o Hospital São José nesta terça-feira, em Florianópolis. "O secretário Kleinubing mostrou que os recursos da Rede Cegonha não são do extrateto. E reafirmou a dívida de R$ 7,8 milhões. O prefeito se esforçou e ofereceu mais R$ 2,5 milhões, parabenizo o esforço dele", comentou o vereador. Para Zilli, o impasse deve ser resolvido nos próximos 30 dias, tempo de prorrogação do atual contrato, com o hospital recebendo os R$ 10,3 milhões que hoje foram oferecidos.

O vereador Dailton Feuser (PSDB) criticou o governo do Estado, pela falta de recursos para honrar compromissos com o sul. "O secretário João Fabris disse em uma entrevista que o governo vai tentar um empréstimo para garantir os recursos para pagar as indenizações da Via Rápida e Anel Viário. Se não sair o empréstimo, continua tudo parado", lamentou o vereador. "É uma obra eleitoreira, e vamos pagar o preço. E cadê aquele Pacto por Santa Catarina? Não existe mais", criticou.

Para o vereador Moacir Dajori (PSDB), mesmo com a construção de novas creches no município nos governos Clésio Salvaro e Márcio Búrigo, ainda faltam vagas na rede infantil. "Precisamos buscar mais verbas com os deputados para construir mais unidades do Pró-Infância nacidade. Está faltando, tem fila de espera por vagas", relatou. "Eu recebo constantemente muita gente procurando nosso apoio para conseguir uma vaga". O vereador citou que as mulheres, mais emancipadas, estão no mercado de trabalho e precisam de um lugar para deixar os filhos.

O vereador José Carlos Mello (PT) contou que as discussões foram muito acaloradas na reunião sobre a recontratualização do Hospital São José nesta terça-feira, no gabinete do secretário João Paulo Kleinubing, em Florianópolis. "Se o hospital mantiver o que disse lá, que vai buscar os valores na via judicial, eu tenho quase a certeza que o hospital perderá os R$ 2,5 milhões oferecidos pelo prefeito, que corajosamente colocou este valor na mesa, para avançar rumo ao novo contrato", observou Mello. "Ficamos uma hora e meia discutindo apenas e tão somente o quantitativo que o hospital realmente deve receber", lembrou o vereador petista. "Se serve como conselho, eu diria, irmã Líbera, aceite esta proposta, pois se não fizer, existe risco muito grande de nem esses R$ 2,5 milhões adentrarem os cofres do hospital".

A demora na obra de construção do ginásio do bairro Santo Antônio foi criticada pelo vereador Itamar da Silva (PROS). Ele lembrou que a verba foi obtida por intermédio do deputado federal Esperidião Amin (PP). "Estive na Prefeitura me informando. Na realidade, o governo federal não tem dinheiro para fazer uma pequena obra dessa, como está sendo com a ponte de Laguna, o Fiesc, o Pronatec. As embaixadas estão sem dinheiro para comprar papel higiênico. O governo fez propaganda enganosa antes da eleição e agora está sem dinheiro", afirmou o vereador. Ele disse que ontem pagaram R$ 50 mil da obra do ginásio, de três meses atrás.

A recontratualização com o Hospital São José foi retomado pelo vereador Júlio César Colombo (PP), que parabenizou o prefeito Márcio Búrigo por oferecer R$ 2,5 milhões para a instituição. "Mesmo não sendo responsabilidade dele", frisou. Colombo sugeriu, ainda, a criação de uma controladoria especial para as contas do hospital. "Temos que ter essa estrutura específica para essas contas, tenho certeza que o prefeito vai atender esse pleito", salientou. O vereador Vanderlei Zilli (PMDB) pediu aparte e lembrou que, por regulamento, já existe esta comissão, mas a mesma não se reúne há muito tempo.

As dificuldades da segurança pública foram comentadas pelo vereador Ricardo Strauss (PP). "A PM não faz prevenção, pois atende ocorrência de 5 em 5 minutos, e a Civil não faz investigação pois tem três investigadores e quase nada de delegado por plantão", observou. Ele lembrou visita que fez, pela Câmara, à Guarda Municipal de São Paulo, ao relacionar o tema violência contra a mulher, citado mais cedo pela vereadora Tati Teixeira (PSD). "Quando visitamos a Guarda de São Paulo, conhecemos um programa especial para atender mulheres vítimas de violência. E diminuiu muito com esse programa". O vereador lembrou, ainda, a prisão do diretor do presídio de Blumenau nesta terça-feira. "Hoje o diretor do presídio foi preso, com mais 24 agentes, por corrupção. Por deixar entrar celular, droga, por receberem dinheiro de vagabundo. Mas eu pergunto, vai mudar alguma coisa prendendo os diretores e agentes? A corrupção está criada lá dentro", concluiu, lembrando que atualmente são 650 mil presos em todo o Brasil.

Aposentadorias sob suspeita no Sindicato dos Mineiros

A Polícia Federal foi até o Sindicato dos Mineiros na tarde desta terça-feira. Na operação, sequência das investigações sobre irregularidades na gestão do sindicato, a equipe do delegado Rafael Broieti buscou cerca de dez caixas com documentos. A apuração de problemas na documentação de mineiros enviada ao INSS começou em março de 2014, há um ano.

Em rápida explicação à imprensa, o delegado Broieti informou que das 180 aposentadorias investigadas em parceria com o INSS, já foram detectadas pendências em 19. As demais ainda estão sob análise. Detalhes a partir das 17 horas, no Balanço Geral da Rádio Eldorado. (Colaboração: Karol Carvalho)

Oficial: professores do Estado em greve

Assembleia dos professores do Estado referendou, na tarde desta terça-feira, a decisão do Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sinte), de greve por tempo indeterminado do magistério em Santa Catarina. "A mobilização está muito forte aqui, ao contrário do que dizia o secretário, de que a maioria não queria a greve", comentou a pouco, ao blog, a coordenadora regional do Sinte, Cíntia dos Santos, que acompanha a mobilização de hoje em Florianópolis.

A categoria está de olho na Assembleia Legislativa, ainda mais depois da informação do secretário Eduardo Deschamps, que ontem comentou em entrevista coletiva que pode transformar a medida provisória que modifica o status dos ACTs em projeto de lei, para encaminhamento imediato à apreciação dos deputados estaduais. "Agora, com a greve, esperamos o congelamento pleno das negociações e também desta manobra do governo", pontuou Cíntia.

Enquanto isso, a Gerência Regional de Educação calcula o tamanho da adesão em Criciúma e municípios vizinhos. O gerente Luiz Rodolfo Michels, o Finho, ainda não dispõe dos números totais, mas acredita em adesão apenas parcial à greve nesta terça-feira. "No Cedup, por exemplo, está próximo de 50% dos professores parados", informou. O Sinte regional faz reunião nesta quarta-feira para definir o comando de greve do sul do Estado.

Mais detalhes às 17 horas, na Rádio Eldorado, no Balanço Geral.

Solução para Via Rápida e Anel Viário na semana que vem

O secretário de Desenvolvimento Regional de Criciúma, João Fabris, reuniu-se hoje à tarde com o secretário de Infraestrutura do Estado, João Carlos Ecker. Na conversa, acompanhada por técnicos da secretaria, Fabris reforçou o apelo para que sejam liberados recursos visando a conclusão do processo de desapropriações, para a retomada das obras da Via Rápida e Anel Viário.

"Segundo o secretário, até semana que vem os recursos serão liberados pelo BID e Banco do Brasil. Achamos que está tudo bem encaminhado", comemorou o secretário.

A meta é alcançar R$ 20 milhões de liberação. "Com isso, conseguimos fechar as desapropriações do quilômetro 3 ao 11 da Via Rápida, e também encaminhar o Anel Viário", explicou. Em seguida, o secretário foi ao gabinete do vice-governador Eduardo Moreira, "que está acompanhando de perto esses dois impasses", concluiu Fabris.

Presidente da Câmara cobra informação do prefeito

O prefeito Márcio Búrigo tem 15 dias para responder ao requerimento aprovado ontem à noite, na Câmara, solicitando informações sobre os R$ 18 milhões que teriam se tornado R$ 300 mil em questão de 42 dias no Executivo.

"Está no regimento interno da Câmara, aprovado um requerimento, o Executivo tem a obrigação de responder, em no máximo 15 dias", frisou o vereador Ricardo Fabris (PDT), presidente da Câmara, em contato com o blog no final da manhã de hoje.

Acontece que o prefeito Márcio teria repassado a assessores orientação no sentido de não mais tratar do tema publicamente, e cogitado até a possibilidade de não responder ao requerimento. Agora fica a expectativa sobre qual conteúdo terá a resposta do Executivo. De ontem para hoje, Márcio tem negado a declaração, mas é fato que ele comentou a colegas, no final de semana, que teria deixado R$ 18 milhões em caixa quando deixou a Prefeitura para Clésio Salvaro e, ao retornar, restavam R$ 300 mil. 

É bom lembrar que, não faz muito, o prefeito de Tubarão, Olávio Falchetti (PT), respondeu a um processo legislativo, quase que com risco de cassação, por não responder a requerimentos da Câmara.

Clésio: "Catei moedas e não fiz gastos indevidos"

Esta nota, publicada ontem pelo colega João Paulo Messer no Jornal da Manhã, levantou forte discussão sobre a destinação de R$ 18 milhões que o prefeito Márcio Búrigo teria deixado em caixa quando Clésio Salvaro assumiu e, no seu retorno, encontrou apenas R$ 300 mil.

No final da manhã de ontem, encontrei o prefeito Márcio Búrigo em um evento e gravei entrevista com ele. Ao indaga-lo sobre as finanças da Prefeitura naqueles 42 dias, lascou: "a situação econômica que eu deixei não foi a mesma que eu encontrei". Em tão pouco tempo? Indaguei. "Sim, em tão pouco tempo", limitou-se a dizer.

O assunto chegou à Câmara de Vereadores. O vereador Dr. Mello (PT), pediu a aprovação de requerimento solicitando ao Executivo esclarecimentos sobre o fato. Afinal, R$ 18 milhões não se transformam em R$ 300 mil em 42 dias por conta de nada. "Como é que um prefeito consegue guardar R$ 18 milhões com tanto a ser feito na cidade? E como é que o outro prefeito gasta quase R$ 18 milhões em tão poucos dias", questionou, duplamente, o presidente da Câmara, vereador Ricardo Fabris (PDT), enquanto seus colegas aprovavam o requerimento.

Clésio falou

Procuramos Clésio Salvaro no Manhã Eldorado desta terça-feira. E ele tratou do tema. Sem riqueza de dados, mas tratou. "Não sei os valores exatos, os técnicos sabem, mas procure um único pagamento indevido feito no governo Clésio Salvaro, nestes 42 dias. Desafio você, Denis, a encontrar um pagamento indevido que eu tenha feito. Não respondo a CPIs, não tenho bens bloqueados, estou seguro dos atos que pratiquei. Se sobrou esse dinheiro no caixa, é porque pagamos dívidas".

O ex-prefeito aproveitou para lembrar que deixou um bom dinheiro em caixa quando encerrou seu mandato, no final de 2012. É bom lembrar que quando deixei a Prefeitura, em 31 de dezembro de 2012, deixei R$ 36 milhões como saldo". E tirou mais uma casquinha de Márcio Búrigo. "Disseram que venderiam o Complexo para levantar dinheiro, venderam, nenhum tostão entrou na Prefeitura".

"Contei moedas"

Para ilustrar as dificuldades financeiras do seu governo, em 42 dias, Clésio contou um episódio que contraste com o cenário de R$ 18 milhões em caixa citado por Márcio.  "Para pagar os servidores, tivemos que catar moedas das gavetas", afirmou o ex-prefeito.

O secretário falou

Nossa pauta reservava uma feliz coincidência, a presença do secretário Cloir da Soler, das Finanças, no estúdio, para tratar de IPTU. Natural que o tema dos 18 milhões que viraram 300 mil viesse à tona. "Não fiz um estudo aprofundado, mas imagino que a equipe do prefeito Clésio tenha usado esses recursos para pagar despesas". Mas Soler retrucou o "contar de moedas" referido por Clésio.

"Tenho o maior respeito pelo Clésio, sou amigo dele, mas isso não é verdade. Quando deixei a secretaria, no dia 30 de janeiro, deixei em caixa R$ 10 milhões. Quando voltei a ser secretário, em 2 de março, havia R$ 646 mil", concluiu.

Para finalizar, ao menos por enquanto, a novela, o prefeito Márcio teria distribuído uma ordem a assessores diretos para "não responder provocações" sobre o tema, nem dar retorno à Câmara sobre o requerimento ontem aprovado. Deste último, Márcio não poderá escapar. O regimento interno do Legislativo obriga que um retorno seja dado.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Paulo Baier reforça o Amigos do Pintado

Um time de futebol varzeano do interior do Rio Grande do Sul anunciou um acerto com Paulo Baier para que o veterano meia, ex-Criciúma, dispute competições amadoras por lá. Baier 40 anos, vai encarar os gramados da várzea pelo Amigos do Pintado, time da cidade de Faxinal do Soturno, próximo de Santa Maria.

Baier ainda segue no profissionalismo. É a estrela do Ypiranga, de
Erechim, que faz boa campanha no Campeonato Gaúcho. E tinha planos de jogar a Série B do Campeonato Brasileiro por algum time, mas provavelmente algo deu errado, pois imagino que o tal clube da Segunda Divisão nacional não toparia repartir Baier com o Amigos do Pintado.

Aqui em Criciúma, até hoje há torcedores que pensam que faltou uma despedida digna para o velho craque. E com razão. Ele saiu do Tigre na mesma vala comum daquela turminha que, com futebol de meia tigela, rebaixou o Criciúma para a Série B com a lanterna do Brasileirão na mão. Baier merecia mais que todos os demais que fizeram parte do vexame histórico tricolor.

Punhado de lenha atrasa asfalto na Serra do Faxinal


Certa vez, um bocado de pererecas - treze espécies descobertas - fez paralisar a obra, que até hoje não saiu do papel, de pavimentação da BR-285, na Serra da Rocinha. Pois tem outra rodovia no extremo sul catarinense agora barrada pela burocracia ambiental.

E desta vez o fiasco tem contornos mais dramáticos. Faz dois finais de semana que o ministro Manoel Dias visitou Praia Grande. Conversando por lá, ouviu clamor do povo pela pavimentação da SC-290, que liga o município a Cambará do Sul, no lado gaúcho, via Serra do Faxinal. Pois bem. Dias usou de seu trânsito privilegiado em Brasília para contactar o Ibama. E dele recebeu a notícia, na quarta-feira passada, que em dois dias sairia a licença ambiental desta. E ela foi anunciada como liberada na sexta-feira.

Desconfiado, o deputado federal Ronaldo Benedet (PMDB), crítico contumaz da burocracia cavalar de Brasília, contactou o Ibama hoje. E soube que a licença ambiental, na verdade, não está concedida coisa alguma para a Serra do Faxinal.

"Me informaram no Ibama que houve um engano, que falta um inventário das árvores que precisarão ser cortadas para o asfaltamento", reclamou Benedet, em entrevista ao Balanço Geral da Eldorado nesta segunda-feira. E foi além. "As árvores que precisam ser removidas equivalem a dois caminhões de lenha, que qualquer olaria de Morro da Fumaça queima em uma noite de trabalho. É uma vergonha suspender uma obra desta dimensão por dois caminhões de lenha", desabafou.

O deputado lembrou que, com a morosidade para a obtenção da licença ambiental - agora pela falta do inventário de 74 metros cúbicos de árvores -, o governo do Estado corre sério risco de perder os R$ 54 milhões garantidos para a pavimentação da Serra do Faxinal. "São recursos do BID. Corre sim risco de perder o dinheiro. A empresa está lá, há seis meses, esperando a liberação". Benedet concluiu informando que, pela sexta vez, está solicitando audiência no Ibama para tratar do tema.

Márcio critica gestão financeira de Clésio. Em 42 dias.

Márcio Búrigo sempre destacou a forma como sua equipe vinha conduzindo as contas do governo. E nunca negou que, com o aperto das finanças, usava de uma estratégia simples, rotineira até nos orçamentos domésticos: pagava o possível em um mês, pedalava o restante, e assim ia revezando para manter uma sobrinha necessária aos investimentos. Palavras dele, o prefeito.

De volta à condição de primeiro mandatário, Márcio conta que encontrou as contas em desordem, por conta dos 42 dias de Clésio Salvaro no Paço. "A situação econômica que eu deixei não foi a mesma que eu encontrei", afirmou Márcio, em entrevista nesta segunda à Rádio Eldorado, logo após dar posse ao novo diretor técnico da Fundação Municipal de Esportes.

Questionado sobre a possibilidade de "desorganização das contas" em tão pouco tempo, Márcio foi breve e enfático. "Sim, em tão pouco tempo". Ao que consta, pagamentos de fornecedores que já estavam direcionados ganharam outros rumos nas seis semanas de governo Clésio. É o que diz Márcio. "Mas vamos colocar tudo em ordem, no mesmo ritmo que estava antes", concluiu o prefeito.

A mamãe JBS e o vovô rico, o BNDES

Para justificar sua assinatura como primeiro catarinense a chancelar a criação da CPI Mista do BNDES, o deputado federal Jorge Boeira ofereceu ao ouvinte da Rádio Eldorado, nesta manhã, uma série de números assustadores sobre os "investimentos" que irrigaram campanhas eleitorais nos últimos anos tendo como fonte generosa a riquíssima JBS Alimentos.

Desde a remota e humilde origem da empresa, cujo patriarca vendia meia dúzia de cabeças de gado para tímidas operações, até a avalanche repentina de fortunas desaguadas em campanhas Brasil afora, a meteórica ascensão da marca. Há um vereador em Criciúma, Ricardo Strauss (PP), que diz vira e mexe da tribuna da Câmara que "esse boi da JBS tem muito mais costelas que qualquer outro boi".

E essas costelas nada mais são que as gordas tetas que financiam um esquema pesado. Os números que o deputado Boeira citam confirmam isso. Como pode uma empresa destinar 40% do seu faturamento, como fez em 2014, para campanhas políticas? Não há lógica que explique isso. Deputado Boeira lembrou que a maioria absoluta dos partidos recebeu verba da JBS. "Até eu recebi, R$ 1,3 milhão, enviados pelo meu partido, o PP, que recebeu R$ 36,5 milhões". Os campeões foram PT, PMDB e PSDB, cada um recebeu R$ 60 milhões. Somente para a campanha da presidente Dilma Rousseff, foram R$ 54 milhões. Aécio Neves também recebeu uma bela fortuna.

Na raiz da dúvida é que entra o BNDES, razão principal da CPI em criação. Ocorre que o BNDES tem feito jorrar recursos elevadíssimos para financiamentos destinados à JBS. A CPI quer saber a razão disso. E tenta, ainda, encontrar explicações para investimentos pesados do BNDES na Venezuela, Equador, Angola e Cuba, entre outros mercados menos cotados. Seria pura caridade?

Sujeira no Mirante e eólicas paradas

Quem foi ao Mirante dos altos da Serra do Rio do Rastro neste final de semana se deparou com uma cena lastimável. A sujeira espalhada por toda parte, com muito lixo, assustou o nosso ouvinte João Luiz Pereira, do Rio Maina, que foi passear com a família e se deparou com a sujeirada. Algo inconcebível para um dos mais importantes aparelhos turísticos do sul do Brasil.

Ali existe um grupo de comerciantes, muito simpáticos, afáveis e trabalhadores, que contam com fluxo constante de visitantes. Ou eles, em condomínio, se organizam para manter a limpeza em dia, ou vai se vender gradualmente uma imagem negativa transmitida pela sujeira, contrapondo à impressionante beleza natural ali reinante.

E outra que chamou a atenção do nosso amigo João Luiz. Olhando ao redor, vendo aquelas enormes estruturas da energia eólica desligadas, sem movimento, os cataventos que geram energia sem ação, imóveis. Seria mais um efeito desta crescente crise que vai paralisando tudo, desde obras a infraestrutura? Seja como for, é mais um episódio que ilustra os passos de tartaruga de ré a que andamos... Você ouvinte e leitor que quer fazer como o João Luiz e colaborar, fique à vontade!

domingo, 22 de março de 2015

Somos assassinos de animais nas estradas

O Fantástico apresentou na noite deste domingo uma reportagem que assusta: matamos, enquanto motoristas, 15 animais por segundo nos 15 mil quilômetros de estradas que atravessam 189 unidades de conservação ambiental Brasil afora.

São 450 milhões de animais selvagens mortos em um ano. Somente gambás, lebres e coelhos, são 40 milhões de vítimas. Há radares, muitos desrespeitados, nos pontos mais críticos. Mas há esperanças: a construção de túneis tem salvado os bichos mais atentos e adaptados, mas a tal burocracia, que tanto mal faz ao país, atrapalha até nisto. Tentemos, enquanto isso, desacelerar para os bichinhos sempre que possível. 

Tigre e um passinho pra frente

O Campeonato Catarinense já vai longe do Criciúma. A briga não é pelo título, mas pela dignidade e evolução. E isso, efetivamente, aconteceu neste domingo. O empate em 0 a 0 com o Figueirense pode ser resumido pela determinação tática de um time que entrou predestinado a se defender, e conseguiu. Aplicado lá atrás, marcando com quase todos os 11 - os sumidos Ezequiel e Roger pouco contribuíram -, o Tigre colheu o empate pelos méritos do seu goleiro, heróico em pelo menos duas intervenções sensacionais, e pelas inúmeras deficiências ofensivas do Figueirense. Perdeu gols, foi inoperante na hora H e deixou escapar dois pontos importantíssimos contra um Criciúma que não é seu rival na ponta de cima, mas que também teve força defensiva, em um amadurecimento que lhe permitiu impedir o Figueirense de somar os três pontos.

Mais méritos que deméritos teve este Tigre que empatou no Scarpelli. Não teve a fragilidade defensiva das vezes anteriores fora de casa, e evoluiu na consistência de meio para garantir uma vitória. O Criciúma evoluiu  em relação a ele mesmo, e essa foi a melhor notícia!

"Temos chance ainda"

A definição do atacante Lucca ilustra este Criciúma de agora. Ele vê o Tigre ainda com chances de ir à final, o que considero difícil pelas circunstâncias do campeonato. Mas a necessária evolução aconteceu, e aí está o fato principal da noite.

A destacada atuação do goleiro Luiz deve ser realçada como o firmar de um jogador essencial no Criciúma atual. Agora é mostrar em casa, contra o Joinville, que não foi fogo de palha neste domingo, e que o Criciúma pode também aprender a vencer com autoridade. O Criciúma entrou em campo lanterna com 1 ponto, e saiu lanterna com 2, mas com melhores perspectivas.

O Criciúma não é casa da mãe Joana...!

As palavras são de Raimundo Queiroz. Em interessante bate papo com a equipe Eldorado antes de Figueirense x Criciúma, o diretor de futebol do Tigre foi categórico ao definir a postura do clube perante às recentes indisciplinas de Maurinho e Fábio Ferreira, ausentes por razões distintas de viagem e treinos do time.

"O Criciúma não é a casa da mãe Joana", avisou. Raimundo tenta impor uma liderança no momento mais delicado que vive, depois de ter vindo à tona a articulação capitaneada pelo superintendente, para repatriar o ex-diretor de futebol Valdeci Rampinelli. "Eu li a matéria da Eldorado, ouvi no site da Eldorado, mas estou tranquilo. É um direito da diretoria. Mas eu sigo funcionário e trabalhando", diz, mostrando que não sente-se ameaçado ou golpeado pela intenção liderada por Lédio Daltoé.
Se o convite compromete o projeto de Queiroz para o Criciúma na Série B? Ele respondeu com uma pertinente pergunta. "Quem é o Valdeci Rampinelli? Ele é diretor do clube? Não é. Então o que ele pensa , de técnico que tem que vir, de jogador que tem que vir, ele palpita como palpita qualquer outro torcedor, como ele. A única diferença é que ele é ex-diretor", alfinetou Raimundo.

Maurinho foi multado em seu salário por ter perdido a hora do embarque para o Espírito Santo na segunda-feira. Ele deveria estar às 8h30min no estádio, e chegou depois da uma da tarde. Dormiu demais, ao que consta.

Fábio Ferreira também recebeu multa, e teve os dias de ausência descontados do salário. "Jogador nenhum vai mandar no clube. Tem que ser decente e respeitar o Criciúma", afirmou, quando questionado sobre a opção por Fábio e Maurinho ficarem em Criciúma. A decisão de não utilizar os atletas diante do Figueirense foi do técnico Luizinho Vieira, também convincente na sua justificativa. "O Criciúma não tem dois elencos, tem um só. Se eles falharam, não posso prejudicar outro jogador para dar espaço a eles", definiu Luizinho, pouco antes de a bola rolar em Florianópolis.

Indagado se o Criciúma não se puniu ao abrir mão de Maurinho e Fábio Ferreira neste domingo, Raimundo Queiroz frisou que os dois não estavam em condições plenas de jogar. "O Fábio sumiu, depois fez um treino e já virou Deus? Não é assim. Não tinha condição de jogar e o técnico optou por não traze-lo".

As posições do clube foram bem justificadas em relação aos jogadores. Resta saber as consequências disso. E sobre o frustrado projeto de trazer Rampinelli para o lugar de Queiroz, com todas as suas implicações, o estrago ainda é de difícil cálculo.

sábado, 21 de março de 2015

Os gregos de olho em Lucca e Bruno Lopes!

Na quarta-feira, havia um grego no estádio de Águia Branca, assistindo Real Noroeste 1x4 Criciúma. Ou melhor, um sérvio que trabalha para um time da Grécia. Seu nome, Branko Milovanovic, diretor técnico do AEK de Atenas, um dos times mais populares do futebol grego.

Ocorre que o AEK vem observando Lucca. E o atacante foi bem diante dos capixabas, com os dois gols anotados. Mas a postagem que consta em um site de notícias ligado ao AEK, e que refere a visita de Milovanovic ao Espírito Santo, para ver o Tigre jogar, cita uma boa surpresa em relação a Bruno Lopes.

Na tradução da postagem, consta que Bruno Lopes foi uma grata surpresa, e se trata de "uma estrela do futebol brasileiro", com passagens pela Seleção de base e tudo mais. Lucca é citado apenas uma vez, superficialmente, referindo-se justamente que se trata do atleta originalmente observado.

Ao que foi possível depreender das informações dos gregos, o AEK tem interesse em ambos. E comenta-se por lá, ainda, que o Olympiakos, outro clube dos principais da Grécia, também estaria de olho em Lucca. É bom lembrar que a janela de transferências internacionais ainda está aberta, até o dia 31, e depois reabre de 14 de julho a 13 de agosto. Outro detalhe importante: embora seja um dos grandes da Grécia, o AEK entrou em falência em 2013, foi para a Terceira Divisão, agora está na Segunda, da qual é líder e deve confirmar em breve o retorno à elite grega. Quer se aventurar no idioma grego? Clique aqui e confira a postagem dos gregos sobre os atacantes do Criciúma.

Ah... uma vara de marmelo no lombo!


Portal Engeplus noticia, no início da noite deste sábado, que um grupo de quinze arruaceiros estava promovendo baderna no Centro de Criciúma. Segundo a querida colega Cyntia Amorim, em suas linhas no Engeplus, os baderneiros furtavam lojas e causavam todo tipo de transtorno enquanto uns trabalhavam, outros compravam, outros passeavam.

As pessoas de bem, maioria, precisaram mais uma vez apenas assistir, sem poder de ação, esta absoluta, inconsequente e catastrófica minoria. O que os torna catastróficos? Eles são o futuro do nosso Brasil, por uma simples razão: os quinze são menores. Ou seja, a Polícia Militar, que até os catou depois de perder tempo correndo atrás deles, não tem o que fazer. Nem um necessário cascudo pode ser dado pelos PMs, sob pena de enfrentarem a pesada mão da lei que protege os mini delinquentes e seus omissos ou ordinários pais.

Nos meus tempos, fazer bagunça num fim de tarde de sábado significava sair correndo por aí subindo em árvores para catar frutas - eu era dos piores nessa "escalada" -, ou no máximo da nossa ousadia, tocar uma que outra campainha e sair correndo. Isso era o cúmulo da "arte juvenil", e digno de umas justas palmadas. Pois hoje em dia os moleques correm ruas, furtam lojas e ainda saem de bacanas, sem o mínimo de vergonha na cara, dizendo que "diblaram" a polícia.

Olha, se minha geração, que ousava tocar campainhas e catar bergamotas e laranjas por aí, tomava palmadas, cintadas - antes do famigerado ECA -, e deu no que deu, ou seja, somos eleitores ruins, elegemos corruptos, compactuamos com bandalheiras e tal, imagino o que será do Brasil daqui a uns vinte anos, quando esses trombadinhas de agora estiverem no nosso lugar. Que saudades do tempo que tocar uma campainha e sair correndo era o nosso rolezinho. Hoje os barbados furtam lojas. E ai do pai ou da mãe que os colocarem nos seus devidos lugares com uns merecidos safanões. Afinal, eles são "de menor"... Ah, leiam a notícia no Engeplus, não me deixem ficar estarrecido sozinho.