sexta-feira, 15 de maio de 2015

Deschamps quer professores substitutos no Estado

Secretário de Estado da Educação Eduardo Deschamps antecipou hoje, no Manhã Eldorado, a ideia de contratar professores substitutos para organizar o calendário de reposição de aulas, por conta da greve do magistério que já se arrasta por mais de 50 dias em Santa Catarina.

"A greve tem adesão de 8% no Estado, estava em 10% até outro dia, estão completamente paradas apenas 28 escolas das 1,1 mil que temos na rede. Outras estão parcialmente paradas. Ainda assim, a greve traz prejuízos, e grandes, ao calendário", analisou Deschamps.

O secretário se disse ainda surpreso com a decisão da assembleia geral da noite de quinta-feira, que votou pela manutenção da greve. "Construímos um acordo com o próprio Sinte. Me parece que o Sinte está com dificuldades de se comunicar com a categoria", observou. O termo de acordo que havia sido encaminhado à Assembleia Legislativa está cancelado, conforme nota oficial publicada nesta sexta-feira. "Da pauta de reivindicações, atendemos quase tudo", concluiu.

E o baixinho "Pé frio" se foi...

Toda cidade que se preze tem os seus engraxates, pipoqueiros, bebuns, aposentados na praça, taxistas, fanfarrões e, claro, os vendedores de bilhetes de loteria. A função deles já seria naturalmente utópica, afinal vendem um papel impresso, um título ao portador, que estão expostos às pilhas nas casas lotéricas, aparentemente os locais mais indicados para tais aquisições.

Mas os vendedores de bilhetes de loteria são, como as estátuas das praças - mas com natural vida própria -, ou como os personagens acima citados, donos de uma aura de credibilidade digamos, pelo tempo que exercem esta função, pela intimidade com a qual flanam entre os convivas das rodinhas dos centros, dos cafés, dos bancos de praça e das esquinas.

Estava eu em uma dessas rodinhas na segunda-feira, quando o Baixinho "Pé Frio" se aproximou. Nunca soube o nome dele, mas sempre recebia a breve, objetiva oferta de um bilhete. Lembro de apenas uma vez ter comprado. Me arrependo. Tal qual o "bom dia" que não oferecemos quando devíamos, ou o "eu te amo" que adiamos e dali a pouco torna-se tarde para a entrega, eu não comprei o último bilhete que poderia ter comprado do Baixinho.

Hoje ele se foi. Descia a escada rolante do Shopping Della quando um ataque cardíaco fulminante o levou. Quem viu a cena, lamentou. Pelo esparramar dos bilhetes no chão, pela certeza de que dali por diante um personagem digno de folclore a menos circularia pelo Centro. É a perda desses personagens que deixa mais pobre o cenário burlesco, ou melhor, o cenário vivo de uma cidade. O Baixinho partiu. Com o bilhete que eu devia ter comprado na mão. Certa vez, rico empresário da cidade ficou ainda mais rico, ganhando 20 milhões de cruzeiros de um bilhete vendido pelo Baixinho "Pé Frio" que, amargurado, sempre lembrou que nunca recebeu qualquer comissão do felizardo. Se foi o Baixinho.

Dia de velório na gerência de educação


Foi assim mesmo, com caixão e velas, que o comando regional de greve do Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sinte), agitou a tarde de sexta-feira na sede da Gerência Regional de Educação, em Criciúma.

"Estivemos lá com o caixão para simbolizar a falência do ensino em Santa Catarina e a falta de compromisso deste governo com a educação no nosso Estado", afirmou a sindicalista Janete Silva, uma das idealizadoras do funeral inusitado.

Foi um vai e vem na sede da Gered. Os manifestantes permaneciam um tempo dentro da gerência, tocavam o velório com discursos e protestos, e dali a pouco iam para a rua, e repetiam a cena. O caixão é dos grandes, e vai estar nos próximos atos, caso a greve não termine logo.

Em entrevista hoje à Rádio Eldorado, o secretário Eduardo Deschamps não escondeu sua decepção com o "não" dos trabalhadores pelo fim da greve na assembleia estadual do Sinte, ontem à noite. Para Deschamps, estava tudo certo para o retorno dos professores depois da conversa de ontem mesmo com o governo. Ficou, para o secretário, uma impressão no ar de que o Sinte está com dificuldades de se comunicar com as bases.

Para o Sinte, ficou a certeza de que é o governo quem não se comunica bem. O velório de hoje em Criciúma confirma que aqui está o movimento mais expressivo dos professores no Estado. Deschamps diz que a greve tem 8% de adesão no Estado. O Sinte apanha este número e multiplica. O que importa é que o calendário já está comprometido. Férias de meio de ano não existem mais em 2015, e até as de verão começam a ser comprometidas.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

No velório, Colombo aqui, Moreira lá

Luiz Henrique da Silveira partiu. Recebeu todas as homenagens. Está sepultado. Desceu àquela sepultura do Cemitério Municipal de Joinville um verdadeiro emblema da política catarinense. Um estilo praticamente exclusivo por aqui, e de impossível reprodução nos tempos atuais.

Com tudo isso, a pergunta que não quer calar agora é: e o PMDB? Como ficará o partido que Luiz Henrique construiu, capitaneou e deixou agora órfão em Santa Catarina? O destino não é muito animador. LHS partiu no pior momento possível para a legenda. Em crise com o governador Raimundo Colombo, o vice está mais do que afastado do núcleo do poder.

Um episódio, aparentemente sutil, evidenciou o azedume entre Colombo e Moreira. Durante o velório de Luiz Henrique, o articulista político Cláudio Prisco, nosso comentarista na Rádio Eldorado, preparava o cenário para entrevistar o governador e o vice em seu espaço no SBT. Não conseguiu. Colombo não quis falar lado a lado com o vice. Enquanto Moreira falava, o governador manteve-se distante. Ficou um certo mal estar no ar. Sem explicações visíveis, mas com muitos sentimentos invisíveis.

Estes sentimentos pautaram as últimas articulações de Luiz Henrique. Ele conversou por duas horas com Eduardo Moreira, e entremeou com um papo por telefone com Colombo, na noite de sábado, horas antes de falecer. Vínhamos batendo na tecla de que o pós morte do senador poderia apontar para uma prova cabal, mais uma, do incrível poder de articulação de Luiz Henrique, de conseguir reunir Colombo e Moreira, PSD e PMDB, até depois da morte. Mas o primeiro sinal não foi um bom indicativo neste sentido. A aguardar os próximos capítulos.

domingo, 10 de maio de 2015

Os ventos favoráveis, e Luiz Henrique...!

No primeiro turno, ele perdeu por 300 mil votos. No segundo, ganhou por pouco mais de 20 mil. "A vitória que propalavam impossível" foi o título do livro que brotou da épica conquista de Luiz Henrique da Silveira e do PMDB, ao vencer a eleição de 2002 contra o favoritismo de Esperidião Amin e do PPB. Uma eleição imprevisível na verdade, vencida pela habilidade de Luiz Henrique contra uma bandeira que é Amin, naquela luta das urnas que no futebol chamamos de um clássico. Talvez tenha sido, ali, o maior clássico da história das eleições catarinenses.

 "Não existe vento favorável a quem não sabe onde deseja ir". A frase do filósofo Sêneca, senador no auge do Império Romano, foi sabiamente pinçada por Luiz Henrique para definir a eleição que começou a consagrar o modelo por ele criado, da polialiança, que ganhou a partir dali quatro eleições consecutivas ao governo catarinense. E ele já estava de olho na quinta, como provável candidato do PMDB, reunindo os demais aliados. Mas a morte, imponderável como sempre sabe ser, por vezes traiçoeira mas sempre um sinal, que a antecipa ou a caracteriza, a morte marcou presença na tarde de 10 de maio e, quis o caprichoso destino, que fosse às 15 horas e 15 minutos a partida do velho, e agora saudoso senador, que começou a militar no MDB lá por 1969.

"Ele era o nosso candidato em 2018", garantiu neste domingo o deputado federal Ronaldo Benedet (PMDB). "Ele me chamava de xerife", lembrou, com saudades, recordando a forma amiga como que Luiz Henrique dirigia-se a ele, Benedet, secretário de Segurança do governo LHS por seis anos. "Ele me pediu, no dia 1º, lá em Itapema, que eu fosse com água, e não com gasolina e nem álcool, na fervura do PMDB que está em desavença com o governador. Ele é um conciliador, e estava articulando o fim desse conflito", reconheceu o deputado Luiz Fernando Vampiro Cardoso.

E quis o destino que uma das últimas conversas de Luiz Henrique sobre política fosse com Eduardo Moreira. O vice-governador chegou no sábado de Nova York e, no mesmo dia, tomou o caminho de Itapema. Conversou por duas horas com o senador. Como que já desconfiasse de algo, velho lobo que era, Luiz Henrique pegou o telefone e ligou para Raimundo Colombo. É muito provável que, nas últimas horas de vida, o ex-governador já tenha costurado uma nova aproximação entre Colombo e Moreira. Se a conversa surtirá efeito, somente os próximos dias e semanas, sem o testemunho físico mas com a memória de Luiz Henrique, dirão.

Lembro de uma passagem curiosa com Luiz Henrique. Foi em 2010. A Rádio Eldorado me destacou para ir a Joinville no primeiro turno, acompanhar a movimentação de Luiz Henrique na véspera do pleito, e no domingo estar em Florianópolis para acompanhar o voto de Ângela Amin (PP), então concorrente de Raimundo Colombo (PSD) ao governo. Luiz Henrique era candidato. Eu o abordei naquele sábado à tarde, em um dos corredores do mercado público. Havia acabado de tomar um gole de café com leite, e dar quatro mordidas em um pastel de carne. Usava seu chapeu panamá branco. Estava cercado de centenas e centenas, afinal, se encontrava na sua Joinville. Eu o abordei ao vivo, com o microfone da Rádio Eldorado aberto. Ele lascou a pergunta, no ar: "eu posso falar? A eleição não é amanhã?". Me deu a opção de encerrar ali mesmo a entrevista, mas seguimos adiante. Foi muito afável.

A última entrevista aconteceu em 2 de fevereiro último. Dia seguinte da derrota de Luiz Henrique para Renan Calheiros na eleição à presidência do Senado. Quando indagado sobre se ali estaria um balão de ensaio para tentar de novo ser presidente, disparou: "o tempo dirá". O tempo não quis deixar. E encerrou a fala na Eldorado com um profético "a luta continua". Que os ventos favoráveis soprem sobre a política de Santa Catarina, agora desprovida de seu mais habilidoso artífice das últimas décadas.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Conheça por dentro o fantástico CT do Criciúma

Mais uma razão para orgulho do torcedor do Criciúma. São poucos os clubes brasileiros que dispõe de um centro de treinamentos como o que o Tigre está terminando de construir no bairro Cristo Redentor. Resultado de uma série de esforços, de caminhos abertos em Brasília com financiamentos federais, mais recursos próprios, o CT começa a ganhar vida própria, oficialmente, a partir da próxima segunda-feira. É o dia em que a estrutura administrativa e de futebol do Criciúma deixa o estádio Heriberto Hülse e parte com tudo para o CT.

Tudo é grande e muito bem acabado neste novo espaço tricolor, que tive o prazer de conhecer, em uma visita exclusiva e guiada pelo superintendente do Criciúma. Lédio Daltoé mostrou cada canto, cada sala, abriu cada porta, informando quem ali trabalhará, qual atividade ali será desempenhada, e citando, de cor e salteado, cada material ali empregado, o fim de cada uma daquelas repartições, tudo com muito capricho e afinco. É um golaço para a história do Criciúma.

Já na chegada, a primeira ótima impressão: guarda 24 horas e garantia absoluta de segurança no acesso ao CT. Os pequenos delitos que aconteciam no entorno, e às vezes até na primária estrutura ali existente, são coisas do passado. A comunidade do Cristo Redentor abraçou o Criciúma. Tanto é que vários dos funcionários do CT, da manutenção, da limpeza, do cotidiano, são vizinhos.

O pátio é impecavelmente limpo. Logo após a identificação junto ao guarda e o acesso, um estacionamento amplo. Ao desembarcar, o visitante se vê diante de um enorme pavilhão. Ali pulsa o coração do CT do Tigre. Ao chegar na área construída, a primeira sala, à direita, encaminha à futura administração das categorias de base. A assistente social dos garotos terá uma sala com isolamento acústico, para manter a necessária privacidade dos assuntos ali conversados. Preocupação de clube de grande porte.

Mais adiante, um amplo refeitório. Ali, profissionais e atletas da base vão compartilhar espaço, dividirão as mesas nas refeições. O Criciúma calcula que, de segunda a segunda-feira, servirá até 400 refeições ao dia. A cozinha tem tudo do bom e do melhor.

Saindo deste setor, há a lavanderia. Já vai começar a operar na segunda-feira, a exemplo da cozinha. É, da mesma forma, de porte industrial, com máquinas capazes de lavar e secar os uniformes e roupas dos atletas em menos de meia hora. Tudo é grande, limpo e muito bem acabado.

Ao subir um lance de escadas, o visitante conhece a academia do clube. Trata-se de um verdadeiro xodó. Os itens ali dispostos, para os mais diversos exercícios, são os melhores do mercado. O Criciúma investiu mais de R$ 600 mil para montar a sua academia, seguramente uma das melhores do futebol brasileiro. Poucas são iguais. A esta altura, estamos no segundo piso da sede principal do CT. Perto da academia, há diversas salas administrativas, há a fisiologia e um auditório, para palestras e outras atividades.

Ao fundo deste corredor principal, adiante da academia, um enorme salão, que servirá de local de recreação dos atletas. Deste ponto, outro corredor faz a ligação com uma das alas residenciais do CT. Aí está outra cereja do bolo diferenciada do novo Criciúma. São 64 apartamentos, luxuosamente montados. Os apartamentos da base são para três ocupantes cada. Nos profissionais, servem dois atletas por unidade, com camas de alto padrão, acabamento impecável, à altura dos melhores hoteis do Estado. Cabeamento de televisão e internet mais aparelhos de ar condicionado em todos os quartos. Neste espaço, o Criciúma concentrará sempre a partir de agora, antes dos jogos em casa. O cuidado com os detalhes é tamanho que as roupas de cama tem as cores do Criciúma. Só faltou uma faixinha preta nos cobertores amarelos, mas não foi por falta de pedido junto ao fornecedor.

Descendo um lance de escadas, nos encontramos com os vestiários, que são enormes, amplos, muito confortáveis, e dotados de toda a estrutura adequada para o elenco tricolor. E o detalhe, há o vestiário profissional, e o das categorias de base, com as mesmas dimensões. Anexo ao vestiário principal, a fisioterapia, com equipamentos de última geração, e aquela piscina especial para o relaxamento dos atletas. Todos os departamentos do clube estarão servidos com salas muito bem equipadas, localizadas estrategicamente. Toda esta enorme estrutura encontra-se em 3.250 metros quadrados de área construída.

Ao sair deste complexo, há a parte externa, tão colossal quanto, mantendo o cenário que enche os olhos. São cinco campos de treinamento, um deles está se transformando em um pequeno estádio. As arquibancadas em construção oferecerão 1.423 lugares sentados, com previsão de inauguração em 30 de julho. Ali, a base mandará seus jogos oficiais pelo Campeonato Catarinense, e o time principal poderá utilizar, para treinos. Até iluminação está por ser garantida, na parceria com um empresário da cidade.

Uma rampa está sendo construída para a parte externa do CT, criando um acesso exclusivo para imprensa e torcedores, que não entrarão no complexo pelo mesmo portão dos atletas. Abaixo desta rampa, uma sala de imprensa com visão panorâmica dos campos de treino.

São dez hectares muito bem aproveitados e melhor, que vão para a história do Criciúma Esporte Clube como o mais impressionante legado que a gestão Antenor Angeloni deixará para a eternidade tricolor. Por tudo isto, pelo que vi, colhi, percebi e senti, quero humildemente lançar uma proposta de nome para esta majestosa área: CT Antenor Angeloni. Ele merece a homenagem! Parabéns Criciúma, deste um passo gigantesco rumo ao futuro!

Os compromissos do governador com o sul

Foram duas horas de conversa entre o governador Raimundo Colombo (PSD) e os oito deputados do sul. Como testemunhas, a secretária de Justiça e Cidadania, Ada de Luca (PMDB), e o chefe da Casa Civil, Nelson Serpa.

A lista de compromissos assumidos pelo governador com os deputados tem ênfase na segurança pública e infraestrutura. Prometeu, ainda, que receberá a bancada do sul uma vez por mês.

Na segurança, a partir de quinta-feira tem uma força tarefa no sul. Coincide com a troca de comando no 9º Batalhão de Polícia Militar, quando o hoje major Evandro Fraga assume o posto do tenente coronel Márcio Cabral. Colombo usou uma ação empreendida há alguns meses em Joinville para exemplificar o que será feito aqui, com presença forte dos policiais nas ruas e algumas estratégias que não podem, obviamente, ser antecipadas. Secretário César Grubba estará quinta-feira em Criciúma.

Colombo prometeu empenho do governo para enviar, o quanto antes, mais homens, tanto para a Polícia Militar quanto para a Polícia Civil. Assegurou ainda esforço no sentido de vencer logo o impasse jurídico que está impedindo a instalação das câmeras de segurança. Os equipamentos estão adquiridos, falta a liberação para a instalação das fibras óticas, o que será rápido, assegurou o governador.

Quanto ao CASE, Raimundo passou a bola para Márcio Búrigo. Disse que cabe ao prefeito definir, logo, o terreno. Definindo, as obras começam imediatamente. Os recursos estão disponíveis e a prioridade é Criciúma. Se em algumas semanas o terreno em Criciúma não for definido, o CASE irá para o Balneário Rincão. Colombo citou o esforço do prefeito Décio Góes para levar a estrutura.

Sobre a nova sede da Delegacia da Mulher, Criança, Adolescente e Idoso, Colombo telefonou, na frente dos deputados, para o secretário Grubba, que prometeu agilidade na conclusão do aluguel do prédio, pertencente ao IPREV, na rua Desembargador Pedro Silva.

As obras na Via Rápida e Anel Viário estarão em pleno andamento em no máximo trinta dias. O dinheiro para pagar as desapropriações já está no Deinfra, que em dez dias já começa a efetuar pagamentos. Colombo prometeu ainda agilizar a conclusão da rodovia Treviso/Lauro Müller, e da estrada Pedras Grandes/Orleans, bem como a revitalização da rodovia Orleans/Lauro Müller. Agora é acompanhar e cobrar.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Praça abandonada vira território de masturbação de tarado

Foi em Criciúma. Foi no final de semana. Foi no bairro Progresso. O vereador Paulo Ferrarezi (PMDB) trouxe à tona, na sessão desta noite na Câmara, um fato lamentável na chamada praça do PAC 2, a praça de esportes que está em construção no bairro Progresso.

A obra, paralisada, conta com muros, paredes, uma carcaça que, não faz muito, foi foto de capa no Jornal da Manhã. Pois bem. O estágio de abandono da obra é tamanho que, em vez de servir à juventude para socializar, o que afinal é o objetivo do empreendimento, o esqueleto de praça tem virado cenário para atuação de tarados. "Tinha um vagabundo se masturbando na praça no final de semana. Até crianças viram. Na tentativa de apanhar o vagabundo, alguns moradores atropelaram ele em uma rua do bairro", contou Ferrarezi, que constatou o fato ao visitar o bairro Progresso nesta segunda.

Sobre a obra, a empresa contratada para executa-la simplesmente abandonou o serviço. Uma medição está sendo providenciada pela Prefeitura para que a Caixa Econômica Federal faça o pagamento do que já foi feito, para então ser convocada a segunda colocada na licitação. Enquanto isso, o espaço segue em aberto para os tarados na futura praça. Detalhes nesta terça, às 7 horas, no Manhã Eldorado.

Técnicos do Estado vem vistoriar terrenos para o CASE

A semana pode ser de avanços para a estrutura de internação de menores infratores em Criciúma. Foi o que apontou o vereador Vanderlei Zilli (PMDB), nesta noite, na Câmara.

Ele informou que a Vigilância Sanitária de Criciúma estará vistoriando o CASEP da Vila Zuleima, que está interditado desde setembro do ano passado, e há boas chances de o mesmo ser liberado, após a reforma ali realizada.

"Tem boa chance de liberar. Tudo o que foi exigido já está feito, restavam alguns detalhes. Se liberarem, logo será possível de novo colocar aqui os menores por até 45 dias", reforçou o vereador Zilli. Hoje, quando há necessidade de apreender menores por este período, os mesmos tem que ser removidos para outras regiões.

Na quarta-feira, técnicos da Secretaria de Justiça e Cidadania virão a Criciúma para analisar os terrenos que estão indicados como possibilidades para receber a construção do CASE. Um deles fica na Quarta Linha, outro na Linha Batista e o terceiro na Vila Macarini, entre Criciúma e Nova Veneza. "Eles vão ver as condições do terreno, e cabe a nós pressionar as autoridades para fazer logo andar isso", arrematou o vereador Zilli. Mais detalhes nesta terça, a partir das 7 horas, no Manhã Eldorado.

Fechar postos para melhorar o atendimento na saúde

O vereador Itamar da Silva (PROS) reacendeu uma velha discussão na noite desta segunda-feira na Câmara de Criciúma. Ele apontou a quantidade excessiva de postos de saúde na cidade, e a necessidade de fechar alguns para qualificar outros.

"O prefeito Antonelli tentou, e teve que desistir. O Clésio também, O Márcio Búrigo, também. Não tem município em Santa Catarina que tenha mais postos de saúde que Criciúma. São 50. Descentralizaram demais, deu nisso", contou Itamar.

Líder do governo Márcio na Câmara, Itamar pode estar sendo o portador de uma sondagem. Márcio chegou a ventilar a ideia, como apontado pelo próprio vereador, quando tinha a então vereadora, e hoje deputada federal, Geovânia de Sá (PSDB), como secretária de Saúde. Geovânia lançou a ideia e, com a avalanche de críticas, logo recuou.

Itamar, por sua vez, fez uma defesa contundente do enxugamento. "Tem unidades de saúde que ficam a 100 metros uma da outra, como no Pinheirinho e na Santa Augusta, ou nas Mineiras", exemplificou. O vereador lembrou a tentativa de Walterney Junqueira, então secretário de Saúde do governo Antonelli, que precisou recuar, tamanha a pressão contrária da opinião pública.

É o caminho fechar postos, já que temos tantos segundo o líder do governo na Câmara? Assunto em pauta no Manha Eldorado desta terça-feira, a partir das 7 horas.

A falta de segurança no Hospital São José

O vereador Daniel Freitas (PP) fez uma grave denúncia na sessão desta segunda-feira na Câmara de Criciúma. Ele contou um caso de flagrante insegurança interna na instituição, que por pouco não resultou em uma tragédia.

Freitas contou que há um jovem, de 22 anos, internado no hospital, depois de ter sofrido quatro tiros. "Eu estava na recepção, e notei que dois jovens, dois moleques, entraram rumo a um quarto. Perguntei ao guarda e ele informou que se tratavam de visitas. No dia seguinte, soube pela mãe deste jovem baleado que ele só não foi morto pelos dois que entraram no hospital pois havia sido transferido do quarto para a UTI. A mãe agradeceu pelo filho estar na UTI, foi o que salvou a vida dele", contou o vereador.

A mãe do jovem baleado teve a prova de que os dois "invasores" pretendiam matar seu filho ao ouvir deles a seguinte frase: "pena, perdemos a chance de terminar o serviço". Ao contar esta história, o vereador, que tem frequentado diariamente o hospital nos últimos 13 dias por conta da situação do seu cunhado - que segue na UTI baleado em recente ocorrência na cidade -, apelou por investimento em segurança no hospital. Ele comentou que nem câmeras de vigilância interna existem no São José.