sexta-feira, 15 de maio de 2015

Dia de velório na gerência de educação


Foi assim mesmo, com caixão e velas, que o comando regional de greve do Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sinte), agitou a tarde de sexta-feira na sede da Gerência Regional de Educação, em Criciúma.

"Estivemos lá com o caixão para simbolizar a falência do ensino em Santa Catarina e a falta de compromisso deste governo com a educação no nosso Estado", afirmou a sindicalista Janete Silva, uma das idealizadoras do funeral inusitado.

Foi um vai e vem na sede da Gered. Os manifestantes permaneciam um tempo dentro da gerência, tocavam o velório com discursos e protestos, e dali a pouco iam para a rua, e repetiam a cena. O caixão é dos grandes, e vai estar nos próximos atos, caso a greve não termine logo.

Em entrevista hoje à Rádio Eldorado, o secretário Eduardo Deschamps não escondeu sua decepção com o "não" dos trabalhadores pelo fim da greve na assembleia estadual do Sinte, ontem à noite. Para Deschamps, estava tudo certo para o retorno dos professores depois da conversa de ontem mesmo com o governo. Ficou, para o secretário, uma impressão no ar de que o Sinte está com dificuldades de se comunicar com as bases.

Para o Sinte, ficou a certeza de que é o governo quem não se comunica bem. O velório de hoje em Criciúma confirma que aqui está o movimento mais expressivo dos professores no Estado. Deschamps diz que a greve tem 8% de adesão no Estado. O Sinte apanha este número e multiplica. O que importa é que o calendário já está comprometido. Férias de meio de ano não existem mais em 2015, e até as de verão começam a ser comprometidas.

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