terça-feira, 24 de março de 2015

Mulheres, hospital e segurança na Câmara

Os temas da noite destacados na sessão da Câmara de Criciúma foram o Hospital São José, a violência contra a mulher e obras estruturantes da região, entre outros.

A vereadora Tati Teixeira (PSD) subiu à tribuna para elogiar o avanço, pelo governo do Estado via Instituto de Previdência, da licitação para contratar a empresa que vai reformar o antigo prédio do Samu, na rua Desembargador Pedro Silva, onde será instalada a Delegacia da Mulher. Sobre mulheres, Tati comentou um episódio de violência ocorrido no Rio Grande do Sul, para ilustrar a necessidade de qualificar o atendimento às vítimas de violência. A vereadora lembrou, ainda, que uma homenagem a seis mulheres de destaque será feita nesta quarta no Legislativo.

O vereador Toninho da Imbralit (PMDB) lembrou da tribuna o compromisso recentemente firmado com a segurança pública, pela mobilização permanente pró-CASE e Casep. Já o vereador Tita Beloli (PMDB) apoiou a Comissão de Obras da Câmara, pelo trabalho realizado pressionando pela retomada de obras importantes na cidade. Citou este blog como fonte da informação sobre a promessa recebida hoje pelo secretário João Fabris, de que em no máximo 15 dias o Estado deverá repassar pelo menos R$ 15 milhões para pagar as indenizações que travam a conclusão da Via Rápida e Anel Viário.

O vereador Vanderlei Zilli (PMDB) destacou que foi positiva a reunião com o Hospital São José nesta terça-feira, em Florianópolis. "O secretário Kleinubing mostrou que os recursos da Rede Cegonha não são do extrateto. E reafirmou a dívida de R$ 7,8 milhões. O prefeito se esforçou e ofereceu mais R$ 2,5 milhões, parabenizo o esforço dele", comentou o vereador. Para Zilli, o impasse deve ser resolvido nos próximos 30 dias, tempo de prorrogação do atual contrato, com o hospital recebendo os R$ 10,3 milhões que hoje foram oferecidos.

O vereador Dailton Feuser (PSDB) criticou o governo do Estado, pela falta de recursos para honrar compromissos com o sul. "O secretário João Fabris disse em uma entrevista que o governo vai tentar um empréstimo para garantir os recursos para pagar as indenizações da Via Rápida e Anel Viário. Se não sair o empréstimo, continua tudo parado", lamentou o vereador. "É uma obra eleitoreira, e vamos pagar o preço. E cadê aquele Pacto por Santa Catarina? Não existe mais", criticou.

Para o vereador Moacir Dajori (PSDB), mesmo com a construção de novas creches no município nos governos Clésio Salvaro e Márcio Búrigo, ainda faltam vagas na rede infantil. "Precisamos buscar mais verbas com os deputados para construir mais unidades do Pró-Infância nacidade. Está faltando, tem fila de espera por vagas", relatou. "Eu recebo constantemente muita gente procurando nosso apoio para conseguir uma vaga". O vereador citou que as mulheres, mais emancipadas, estão no mercado de trabalho e precisam de um lugar para deixar os filhos.

O vereador José Carlos Mello (PT) contou que as discussões foram muito acaloradas na reunião sobre a recontratualização do Hospital São José nesta terça-feira, no gabinete do secretário João Paulo Kleinubing, em Florianópolis. "Se o hospital mantiver o que disse lá, que vai buscar os valores na via judicial, eu tenho quase a certeza que o hospital perderá os R$ 2,5 milhões oferecidos pelo prefeito, que corajosamente colocou este valor na mesa, para avançar rumo ao novo contrato", observou Mello. "Ficamos uma hora e meia discutindo apenas e tão somente o quantitativo que o hospital realmente deve receber", lembrou o vereador petista. "Se serve como conselho, eu diria, irmã Líbera, aceite esta proposta, pois se não fizer, existe risco muito grande de nem esses R$ 2,5 milhões adentrarem os cofres do hospital".

A demora na obra de construção do ginásio do bairro Santo Antônio foi criticada pelo vereador Itamar da Silva (PROS). Ele lembrou que a verba foi obtida por intermédio do deputado federal Esperidião Amin (PP). "Estive na Prefeitura me informando. Na realidade, o governo federal não tem dinheiro para fazer uma pequena obra dessa, como está sendo com a ponte de Laguna, o Fiesc, o Pronatec. As embaixadas estão sem dinheiro para comprar papel higiênico. O governo fez propaganda enganosa antes da eleição e agora está sem dinheiro", afirmou o vereador. Ele disse que ontem pagaram R$ 50 mil da obra do ginásio, de três meses atrás.

A recontratualização com o Hospital São José foi retomado pelo vereador Júlio César Colombo (PP), que parabenizou o prefeito Márcio Búrigo por oferecer R$ 2,5 milhões para a instituição. "Mesmo não sendo responsabilidade dele", frisou. Colombo sugeriu, ainda, a criação de uma controladoria especial para as contas do hospital. "Temos que ter essa estrutura específica para essas contas, tenho certeza que o prefeito vai atender esse pleito", salientou. O vereador Vanderlei Zilli (PMDB) pediu aparte e lembrou que, por regulamento, já existe esta comissão, mas a mesma não se reúne há muito tempo.

As dificuldades da segurança pública foram comentadas pelo vereador Ricardo Strauss (PP). "A PM não faz prevenção, pois atende ocorrência de 5 em 5 minutos, e a Civil não faz investigação pois tem três investigadores e quase nada de delegado por plantão", observou. Ele lembrou visita que fez, pela Câmara, à Guarda Municipal de São Paulo, ao relacionar o tema violência contra a mulher, citado mais cedo pela vereadora Tati Teixeira (PSD). "Quando visitamos a Guarda de São Paulo, conhecemos um programa especial para atender mulheres vítimas de violência. E diminuiu muito com esse programa". O vereador lembrou, ainda, a prisão do diretor do presídio de Blumenau nesta terça-feira. "Hoje o diretor do presídio foi preso, com mais 24 agentes, por corrupção. Por deixar entrar celular, droga, por receberem dinheiro de vagabundo. Mas eu pergunto, vai mudar alguma coisa prendendo os diretores e agentes? A corrupção está criada lá dentro", concluiu, lembrando que atualmente são 650 mil presos em todo o Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário