sábado, 21 de março de 2015

Nervos transbordantes no Criciúma

Não é de hoje que abordamos a limitação do elenco do Criciúma. O que, de certa forma, confere alguma imunidade ao Luizinho Vieira. Afinal, ser treinador atual do Tigre, neste ambiente de cobrança e ao mesmo tempo de penúria técnica, é um tremendo de um desafio.

O transbordar de nervos do Criciúma veio à tona nos últimos dias com duas sutis e pouco repercutidas manifestações do atacante Lucca. A primeira delas, logo após a vitória de quarta-feira, os 4 a 1 que só ouvimos, e fomos ver em VT na sexta-feira, diante do Real Noroeste. Lucca disparou um "a equipe está sendo fuzilada, estão dizendo que ninguém presta, mas a equipe sabe que tem condições".

É natural e óbvio que o jogador vá defender a qualidade do time ao qual pertence. Mas o Lucca, longe de ser craque, é um bom jogador, ele sabe bem que a bola chega quadrada, quando chega, e que ser atacante atual do Criciúma é viver metros à frente do latifúndio que se tornou a meia cancha tricolor. Sem esconder o sol com a peneira. E sem fuzilar ninguém. É verdade Lucca, é verdade...

O segundo transbordar de nervos rolou no final da tarde deste sábado. Lucca, e os demais que vão ao jogo deste domingo diante do Figueirense, estavam nos últimos instantes da concentração no Heriberto Hülse. Lucca circulava pelo pátio ao final do jogo do sub-17 - derrota para o Grêmio por 2 a 1 pela Copa do Brasil -, quando foi abordado por alguns torcedores. O teor exato da cobrança, eu não sei, mas houve cobrança. Lucca reagiu um tanto nervoso, conforme os testemunhos dos amigos que por ali estavam. Sem necessidade. A hora é de conversar e, caso o clima esquente, virar as costas e seguir o rumo. E pronto.

O time precisa é transbordar dentro de campo. De preferência, já neste domingo diante do Figueirense. Nada mais.

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