terça-feira, 24 de março de 2015

Saiba qual o futuro do Hospital São José

Em um primeiro momento, elas foram reticentes. Depois, entenderam o recado. Agora, as irmãs do Hospital São José estão cada vez mais convencidas que a cartilha da eficiência será a tábua de salvação da instituição. E há um nome que exerceu papel fundamental neste convencimento da guinada administrativa que o hospital precisava: o presidente da Acic. Não por acaso, César Smielevski tem sido presença constante nas reuniões que tratam do hospital. Coube a ele, hábil e muito bem sucedido, empresário de larga visão, trazer consigo o cabedal da Associação Empresarial e o norte de ideias que farão parte da mesa que se formará para decisões importantes nesta quarta-feira no São José.

Ocorre que, ao longo do dia, a direção do hospital vai se reunir com integrantes do corpo técnico e o assessor jurídico Paulo Henrique Góes, portador dos resultados da reunião desta terça. Ele levará a informação, já tornada pública de que o governo do Estado até reconhece os R$ 14 milhões devidos por procedimentos já feitos, mas que há limitações legais impostas por portarias do Ministério da Saúde, que só permite ao Estado repassar R$ 7,8 milhões. O prefeito Márcio Búrigo apanhou o crédito que tem a receber do Estado, e dele tirou R$ 2,5 milhões para somar. São R$ 10,3 milhões. É pegar, ou largar.

Aí entra a nova lógica administrativa a ser debatida junto esta equação financeira. O Hospital São José precisará dar uma guinada forte na sua vocação. Primeiro, implantar a figura fixa do médico regulador. Será este profissional que garantirá, na portaria, que o São José só atenderá, exclusivamente, média e alta complexidade. Com isso, reduzirá em 50% o seu atendimento. Baixa complexidade, unha encravada, topada do pé na mesa, enfim, situações de menor porte, serão resolvidas nos postos de saúde e nos hospitais auxiliares da região. E, também na pauta, a redução de 80% para o mínimo de 60% na quantidade de atendimentos via SUS. A lei permite.

"O hospital tem dois rumos, neste novo contexto: ou reduz o número de pacientes, ou reavalia, para menos, o tipo de atendimento que presta. É certo que o hospital não vai continuar com o volume atual de atendimentos", contou ao blog, nesta noite, o presidente César Smielevski. E ele fala não só com a autoridade de líder maior da Acic, mas também de conselheiro recente das irmãs administradoras do hospital. Tanto é verdade que, na tarde desta terça, foi para Smielevski que o advogado do hospital, Paulo Góes, ligou para trocar ideias sobre o que fazer daqui por diante. O rumo está traçado. O fim do impasse é a bola, e o jogo está no pé das irmãs.

Debate

Para clarear estas teses, vamos promover um interessante debate na Rádio Eldorado nesta quarta-feira. A partir das 9h15min, vão debater no estúdio os vereadores José Carlos Mello (PT), Vanderlei Zilli (PMDB) e Ricardo Strauss (PP), mais o presidente da Acic. Vale a pena conferir!

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