O jornal Notícias do Dia, de Florianópolis, deu o tom do final de semana na política catarinense com a espetacular matéria sobre o relatório do Tribunal de Contas do Estado que aponta o tamanho do custo das secretarias de Desenvolvimento Regional. E a resposta mais bombástica do ponto de vista político: que o governador Raimundo Colombo vai seguir a dica de enxugamento. Ainda não creio.
Os números não mentem. Se reduzir das atuais 36 para 21 regionais, o Estado economizará R$ 20,9 milhões em um ano. Se a redução intermediária sugerida, de 36 para 16, for a atendida, a economia chegará a R$ 27,6 milhões. Mas se Colombo afiar a faca e seguir a dica mais profunda, cortará na carne para 9 regionais, deixando de gastar R$ 39,1 milhões.
Nesses tempos bicudos, é natural que o número apontado pelo TCE encha os olhos, e indique para uma rápida e imediata ação de corte. Mas o cálculo de Colombo é mais cirúrgico que este. Ele precisa enxergar o tamanho do eventual ônus político que poderá alcançar. É fato que, de pronto, assim que cortar, Colombo verá inflar sua popularidade. Mas será um avanço volátil, na medida em que, quando a próxima eleição chegar, o vício criado pelas SDRs, de manter os aliados políticos regionais satisfeitos em sua gula por cargos na base, terá acabado. E o estrago político para ele, Colombo, e seu grupo, estará feito. De mais a mais, tudo precisa da bênção suprema de Luiz Henrique da Silveira, que os bastidores já colocam como candidato ao governo em 2018, com Colombo para o Senado. Eis a balança que norteará Colombo. Enfática nos números, imprecisa no testamento político. Sua escolha selará seu destino. Vale ler a matéria completa dos colegas do ND, ótima por sinal, clicando aqui.
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