domingo, 22 de março de 2015

O Criciúma não é casa da mãe Joana...!

As palavras são de Raimundo Queiroz. Em interessante bate papo com a equipe Eldorado antes de Figueirense x Criciúma, o diretor de futebol do Tigre foi categórico ao definir a postura do clube perante às recentes indisciplinas de Maurinho e Fábio Ferreira, ausentes por razões distintas de viagem e treinos do time.

"O Criciúma não é a casa da mãe Joana", avisou. Raimundo tenta impor uma liderança no momento mais delicado que vive, depois de ter vindo à tona a articulação capitaneada pelo superintendente, para repatriar o ex-diretor de futebol Valdeci Rampinelli. "Eu li a matéria da Eldorado, ouvi no site da Eldorado, mas estou tranquilo. É um direito da diretoria. Mas eu sigo funcionário e trabalhando", diz, mostrando que não sente-se ameaçado ou golpeado pela intenção liderada por Lédio Daltoé.
Se o convite compromete o projeto de Queiroz para o Criciúma na Série B? Ele respondeu com uma pertinente pergunta. "Quem é o Valdeci Rampinelli? Ele é diretor do clube? Não é. Então o que ele pensa , de técnico que tem que vir, de jogador que tem que vir, ele palpita como palpita qualquer outro torcedor, como ele. A única diferença é que ele é ex-diretor", alfinetou Raimundo.

Maurinho foi multado em seu salário por ter perdido a hora do embarque para o Espírito Santo na segunda-feira. Ele deveria estar às 8h30min no estádio, e chegou depois da uma da tarde. Dormiu demais, ao que consta.

Fábio Ferreira também recebeu multa, e teve os dias de ausência descontados do salário. "Jogador nenhum vai mandar no clube. Tem que ser decente e respeitar o Criciúma", afirmou, quando questionado sobre a opção por Fábio e Maurinho ficarem em Criciúma. A decisão de não utilizar os atletas diante do Figueirense foi do técnico Luizinho Vieira, também convincente na sua justificativa. "O Criciúma não tem dois elencos, tem um só. Se eles falharam, não posso prejudicar outro jogador para dar espaço a eles", definiu Luizinho, pouco antes de a bola rolar em Florianópolis.

Indagado se o Criciúma não se puniu ao abrir mão de Maurinho e Fábio Ferreira neste domingo, Raimundo Queiroz frisou que os dois não estavam em condições plenas de jogar. "O Fábio sumiu, depois fez um treino e já virou Deus? Não é assim. Não tinha condição de jogar e o técnico optou por não traze-lo".

As posições do clube foram bem justificadas em relação aos jogadores. Resta saber as consequências disso. E sobre o frustrado projeto de trazer Rampinelli para o lugar de Queiroz, com todas as suas implicações, o estrago ainda é de difícil cálculo.

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