quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Prefeitura corta na carne. E a Câmara?

Um fato no mínimo inquietante envolveu a apresentação do pacote de cortes pelo prefeito Márcio Búrigo: a pouca presença de vereadores. Está evidente que o momento não é condizente com disputas políticas varzeanas, e que não está em jogo a urna no ano que vem, mas sim o futuro de Criciúma. A urna, só na hora certa, e agora é momento de unir forças pela cidade.

A presença de somente seis vereadores no encontro com o prefeito não foi positiva. Expôs a ausência de 11. Os ausentes dirão que não foram convidados. Correto. Mas e os presentes? Foram por qual razão então? Tanto é que, tão logo encerrou a conversa com os jornalistas, o prefeito Márcio convidou os vereadores para, em um ambiente fechado, dialogarem sobre pautas do Executivo que envolvem o Legislativo. Nos contou o vereador Paulo Ferrarezi (PMDB), um dos presentes, que Márcio pediu agilidade em pautas que envolvem recursos para a cidade. Logo, se impunha que todos os vereadores lá estivessem, ouvindo o prefeito e trocando ideias com ele pelo futuro da cidade.

O líder do governo, vereador Itamar da Silva (PROS), foi um dos ausentes. O presidente da Câmara, vereador Ricardo Fabris (PSDB), prefeito interino faz poucos dias, foi outro ausente. Entre os demais nove que não foram, até um do partido do prefeito, Giovanni Zappelini (PP). Outros que não apareceram: Edson Aurélio, Júlio Kaminski e Moacir Dajori (PSDB, naturalmente), Camila do Nascimento e Tati Teixeira (PSD), Toninho da Imbralit e Tita Beloli (PMDB) e Pastor Jevis (PDT). Com a devida vênia, um cartão amarelo para os senhores.

Apareceram por lá, e ouviram as explicações e apelos do prefeito, além de Ferrarezi, os vereadores Vanderlei Zilli (PMDB), Daniel Freitas e Júlio Colombo (PP), Salésio Lima (PSD) e Dr Mello (PT). Márcio solicitou, ainda, um espaço na Câmara para ir até lá explicar a atual situação financeira da prefeitura. Daí imaginamos que todos os edis lá estarão. Ah, e fica a dica: a Prefeitura cortou salários e cargos, não seria momento de o Legislativo fazer o mesmo?

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