quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A vassourada do Márcio Búrigo

O prefeito de Criciúma foi o retardatário de toda a região em uma providência condizente com o difícil momento das contas públicas. Ele sempre torceu o nariz, por julgar uma medida cosmética, para o corte de salários. Agora, o fez. A pressão é grande demais. "Quaisquer" R$ 200 mil economizados, como agora, ajudarão a fazer a diferença. Por isso, o corte de 30% nos seus vencimentos, do vice-prefeito (que segue desaparecido do governo), dos secretários e presidentes de fundações. Os diretores de secretarias terão 20% a menos no contracheque. Já os gerentes, 10%.

Sobre as demissões. As 342 postas em prática ontem - 230 na saúde, 80 no pátio de máquinas -, são todas elas para cumprir a decisão judicial que obriga a eliminar 803 contratados irregularmente desde 1994 na administração municipal. Os que saem, saem sem direito algum, apenas recebem os proporcionais de férias e 13º salário. Sem 40% de FGTS, nem nada mais. Explica a procuradora do município, Erica Ghedin, que eles passaram a ter contratos sem efeito com a decisão da Justiça.

Sobre as demais 375 exonerações a serem promovidas, silêncio e quase um clima de condolências. Márcio Búrigo não quer nem projetar quando as fará. Mas um fato é certo. As fará. E até abril do ano que vem. A economia proposta com estes cortes deve chegar a R$ 2 milhões mensais, o suficiente para que o secretário Cloir da Soler consiga arquitetar uma aritmética financeira capaz de fechar as contas razoavelmente em dia, para fazer aprovar as contas de 2015.

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