Mineiros frente a frente com donos da Carbonífera Criciúma

É marcação cerrada dos mineiros que estão com salários atrasados, e os já demitidos que ainda não viram a cor do dinheiro das suas rescisões, e a direção da Carbonífera Criciúma. Um dos diretores, José Luiz Castro, passou uma saia justa na tarde desta segunda-feira.

Castro foi com sua esposa, Mirza, até a sede da Polícia Federal em Criciúma para renovar passaportes. Um grupo de sete mineiros da Carbonífera Criciúma tomou conhecimento e foi até a delegacia tomar satisfações. Lá chegando, conseguiram chegar perto do casal, e a eles dirigiram bastante pressão. A certa altura, um policial federal retirou os mineiros do interior da delegacia, e os manteve na parte externa do prédio, enquanto José Luiz e Mriza realizavam os procedimentos necessários quanto aos passaportes.

Tempo depois, na saída, novo contato, e mais protestos dos mineiros. A esposa de José Luiz, então, dirigiu a palavra a eles. "Sabemos e sentimos muito o que está acontecendo. Estamos tentando resolver, mas não depende somente de nós, depende do Gazzolla (Alfredo Gazzolla, outro dos proprietários da Carbonífera Criciúma)". O casal Castro só conseguiu deixar a Polícia Federal após a escolta de policiais federais garantir a partida do automóvel. Os mineiros estão há mais de três meses sem receber. Entre salários atrasados e passivos trabalhistas, os débitos já ultrapassam os R$ 3 milhões. O presidente do Sindicato dos Mineiros de Forquilhinha, Fernando Nunes, postou hoje no Facebook o apelo de uma filha de trabalhador, conforme a foto acima.