sexta-feira, 30 de maio de 2014

Técnico do Avaí? Ou prefeito de Criciúma?

Claro que se a oferta me fosse feita, eu nem pensaria: toparia na hora ser prefeito de Criciúma. Mas convenhamos, a briga é cruel para escolher qual o maior abacaxi no atual contexto... Senão vejamos. Na época recente em que o Avaí flanava no futebol catarinense, papava os estaduais e pousava de bacana na Série A, o prefeito de Criciúma da época pintava e rabiscava uma cidade que nadava em dinheiro, que era um canteiro de obras, que respirava progresso... Veio um rebaixamento na vida do Avaí, e um tribunal e umas denúncias e uma cassação na vida de um político, e as nuvens carregaram-se muito que rapidamente. O Avaí deixou de ser aquele papão poderoso que causava inveja com Cléber Santana e Marquinhos, e passou a ser um candidatíssimo à Série C 2015... com Cléber Santana e Marquinhos. E havia quem queria o primeiro desses dois no Criciúma, gente de dentro do próprio Criciúma... Hoje, nem piam.

E Criciúma, a cidade? Passou a ser um balcão de lamentos de dívidas, problemas, heranças malditas, em rosários que são desfiados abertamente nos bastidores, mas ainda com alguma discrição perante ao público. Por uma simples razão: o atual prefeito, o Márcio, deixou de ser o coadjuvante da foto e tomou o lugar do "Eu", e ao fazer isso, largou a dolce vida do vice e, ao pegar a caneta, viu que ela carregava uma suposta bonança que virou pó, assim como as brancas nuvens do Avaí viraram tormentas constantes...

Logo, penso que o interino do Avaí (do Cléber 100, na foto), o Raul Cabral, que treinou o time duas vezes e ganhou duas - contra 

Figueirense e Náutico, os mais recentes "títulos avaianos"-, é tal qual o vice que, de repente, virou prefeito. Carrega pedras, não pode ser tão culpado assim e precisa limpar a área com o pouco que lhe sobrou. Que o Cabral de lá sirva de descoberta para o claudicante Márcio de cá que, à procura da popularidade perdida, sem as presepadas do antecessor para alimentar o ego propagandista, perdeu uma grande chance de não fazer o povo chiar, ao alugar um avião que provavelmente nem usará, mas mexeu num vespeiro desnecessário. Seria como o Avaí contratasse o Paulo Baier agora... não tem dinheiro, e nem jeito de usa-lo, afinal vinho bom em pipa ruim vira vinagre... Logo, técnico do Avaí e prefeito de Criciúma são, sem dúvida, as funções mais complicadas de se ocupar atualmente no Estado. Depois vem o algodão entre os cristais do palanque do Colombo para harmonizar as carências por cargos e poder de PSD, PMDB, PP e outros caronistas... E depois vem o Cláudio Gomes.

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