quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Cadeira do Jevis: "Se o Duda não quiser, eu quero"

Lembram do suplente de vereador Amaral Bitencourt, aquele que chorou na Rádio Eldorado outro dia quando preterido no rodízio do PDT na Câmara? Ele conseguiu ficar dois meses no Legislativo, e agora está de olho na cadeira do Pastor Jevis.

A história é a seguinte: se o Jevis consumar a desfiliação do PDT, o partido, ou alguém do partido, pode ir à Justiça solicitar a cadeira. Afinal, a rigor, ela pertence ao partido e à coligação pela qual ela foi conquistada. A lei eleitoral, de fato, ampara qualquer recurso.

Há quem diga que a saída negociada de Jevis já está negociada, e que a cúpula do PDT não vai pedir a cadeira. Mas o Amaral Bitencourt pensa diferente. "Se o Duda Manentti não quiser a cadeira, se o André de Luca não quiser a cadeira, eu quero", afirmou, garantindo que ainda não fez qualquer tratativa sobre, mas que está de olho, não negando que poderá sim requerer a cadeira. "Eu tenho esse direito. Torço para que o Jevis não saia, mas se ele sair, eu tenho esse direito de pedir sim", disse, em bate papo com este jornalista na noite desta quarta.

JEVIS, O DONO DA CADEIRA


A cadeira é dele. Fez jus na eleição de 2012. Mas ao anunciar, na última segunda-feira, sua desfiliação, Jevis está numa sinuca agora. Precisa garantir, no mesmo PDT com o qual conflitou até agora a pouco, respaldo para sair na boa, com garantias de que o partido não vai mesmo ao Judiciário solicitar a vaga na Câmara.

O suplente Amaral tem uma tese ousada, de que o PDT ainda vai agir no sentido de fazer Jevis mudar de ideia. "Eu ainda acho que o Manoel Dias e o deputado Rodrigo Minotto podem convence-lo a ficar no PDT. Tem essa chance sim", diz Amaral, de boca cheia.

Enquanto isso, Jevis vai sendo paquerado por PP, PMDB, PSDB e tem a chance grande de ele encampar sim a ideia já antecipada aqui, de arriscar a criação de um partido na cidade, sendo a estrela solitária, casos do Rede Sustentabilidade ou PSC.

DUDA, O PLANO B

Ele deixou o Procon para ficar um mês na Câmara. Foi uma "licença não remunerada" (entre aspas,
ele claro não recebeu do Procon, seria imoral, mas recebeu da Câmara, com a cadeirinha no Procon vazia esperando a volta). Flanou um mês no Legislativo e voltou.

Este é Eduardo Manentti, o conhecido da noite que há dois anos e um bocadinho candidatou-se a vereador, surpreendeu, ficou na primeira suplência e gostou do negócio. Tanto que está apostando alto para a próxima, em 2016. É um trunfo de votos para o PDT. E o Amaral reforça: "se o Duda não quiser a cadeira do Jevis, eu quero".

AMARAL, O CRENTE

Ele compartilhou conosco estas ideias logo após sair do culto da sua igreja. Logo, estava iluminado. "Óh, e podem anotar aí. Em 2017, uma cadeira vai ser toda minha", afirmou, categórico e confiante. "Em 2012 fiz campanha sozinho, sem ninguém pra me ajudar, eu e a minha moto, e ainda com o meu pai doente, e fiz 1.011 votos. Vou ser um candidato muito forte na próxima".

Na foto, Amaral em uma das investidas na tribuna, nos 60 dias que desfrutou do ambiente legislativo, usando o terno e a gravata que encomendou na véspera da posse, e que rendeu algumas lágrimas em um bate papo com o João Paulo Messer na época, na Eldorado.

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