Lembram do suplente de vereador Amaral Bitencourt, aquele que chorou na Rádio Eldorado outro dia quando preterido no rodízio do PDT na Câmara? Ele conseguiu ficar dois meses no Legislativo, e agora está de olho na cadeira do Pastor Jevis.
A história é a seguinte: se o Jevis consumar a desfiliação do PDT, o partido, ou alguém do partido, pode ir à Justiça solicitar a cadeira. Afinal, a rigor, ela pertence ao partido e à coligação pela qual ela foi conquistada. A lei eleitoral, de fato, ampara qualquer recurso.
Há quem diga que a saída negociada de Jevis já está negociada, e que a cúpula do PDT não vai pedir a cadeira. Mas o Amaral Bitencourt pensa diferente. "Se o Duda Manentti não quiser a cadeira, se o André de Luca não quiser a cadeira, eu quero", afirmou, garantindo que ainda não fez qualquer tratativa sobre, mas que está de olho, não negando que poderá sim requerer a cadeira. "Eu tenho esse direito. Torço para que o Jevis não saia, mas se ele sair, eu tenho esse direito de pedir sim", disse, em bate papo com este jornalista na noite desta quarta.
JEVIS, O DONO DA CADEIRA
A cadeira é dele. Fez jus na eleição de 2012. Mas ao anunciar, na última segunda-feira, sua desfiliação, Jevis está numa sinuca agora. Precisa garantir, no mesmo PDT com o qual conflitou até agora a pouco, respaldo para sair na boa, com garantias de que o partido não vai mesmo ao Judiciário solicitar a vaga na Câmara.
O suplente Amaral tem uma tese ousada, de que o PDT ainda vai agir no sentido de fazer Jevis mudar de ideia. "Eu ainda acho que o Manoel Dias e o deputado Rodrigo Minotto podem convence-lo a ficar no PDT. Tem essa chance sim", diz Amaral, de boca cheia.
Enquanto isso, Jevis vai sendo paquerado por PP, PMDB, PSDB e tem a chance grande de ele encampar sim a ideia já antecipada aqui, de arriscar a criação de um partido na cidade, sendo a estrela solitária, casos do Rede Sustentabilidade ou PSC.
DUDA, O PLANO B
Ele deixou o Procon para ficar um mês na Câmara. Foi uma "licença não remunerada" (entre aspas,
ele claro não recebeu do Procon, seria imoral, mas recebeu da Câmara, com a cadeirinha no Procon vazia esperando a volta). Flanou um mês no Legislativo e voltou.
ele claro não recebeu do Procon, seria imoral, mas recebeu da Câmara, com a cadeirinha no Procon vazia esperando a volta). Flanou um mês no Legislativo e voltou.
Este é Eduardo Manentti, o conhecido da noite que há dois anos e um bocadinho candidatou-se a vereador, surpreendeu, ficou na primeira suplência e gostou do negócio. Tanto que está apostando alto para a próxima, em 2016. É um trunfo de votos para o PDT. E o Amaral reforça: "se o Duda não quiser a cadeira do Jevis, eu quero".
AMARAL, O CRENTE
Ele compartilhou conosco estas ideias logo após sair do culto da sua igreja. Logo, estava iluminado. "Óh, e podem anotar aí. Em 2017, uma cadeira vai ser toda minha", afirmou, categórico e confiante. "Em 2012 fiz campanha sozinho, sem ninguém pra me ajudar, eu e a minha moto, e ainda com o meu pai doente, e fiz 1.011 votos. Vou ser um candidato muito forte na próxima".
Na foto, Amaral em uma das investidas na tribuna, nos 60 dias que desfrutou do ambiente legislativo, usando o terno e a gravata que encomendou na véspera da posse, e que rendeu algumas lágrimas em um bate papo com o João Paulo Messer na época, na Eldorado.
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