
Mas nada de política na pauta (claro que nos bastidores houve algum cochicho partidário, eles adoram). Freitas foi levar ao filho-secretário o pedido para desbloqueio da verba do Criciúma Rock - deu certo, a sonzeira vai rolar nos dias 27 e 28 -, e uns trocados para ressuscitar o Carnaval de rua em Criciúma.
Aí o furo é mais embaixo. Projeto é da Liga das Entidades Carnavalescas, e do seu sonhador presidente Vando Brunel. Encontrar o Vando na praça Nereu Ramos é sempre a mesma tecla. "Ó, estamos com o projeto do Carnaval bem encaminhado", ouço há anos desse tão guerreiro quanto sonhador. Mas parece que, dessa vez, a Fundação começou a encarar não como utopia, mas como possibilidade.
É bom lembrar que antes do prefeito Márcio, e antes do interino Itamar, houve o prefeito Clésio, que nitidamente não gostava de Carnaval. Nunca se empenhou por ele. Mas pudera, havia outras prioridades, evidente. E, de mais a mais, Criciúma deixou de ter, nos últimos anos, a cultura forte do Carnaval de raiz que já possuiu por uma simples razão: os carnavalescos de proa já partiram, e os que vivos ainda estão, trocaram o Carnaval pelo sossego, ou nem tanto, do Rincão.
Bem, avançando na conversa. Freitas pediu R$ 400 mil para o filho-secretário. Está no projeto. Hoje, segunda, ficou sabendo que o governo Colombo só mandará R$ 150 mil. Chamou as escolas. Estão conversando. Dá para fazer Carnaval com 150 mil reais? É bom lembrar que faltam dois meses para a folia, e nossas escolas, sabe-se lá quantas temos, não tem um tambor, um pandeiro sequer.
"Megalomaníacos queriam usar o dinheiro do Procon para isso. Quando digo que aquilo virou um palanque político, dizem que sou louca", desabafou a Anelise. Qual a revelação bombástica? Como assim o Procon patrocinar Carnaval? Ela, a Anelise, me confirmou que já existiu essa ideia, sim. Seria mais uma inédita de Criciúma para o Brasil. As multas aplicadas na Oi, na loja Tal, na Tim, na casa Tal, pagando os bumbos e repiniques da folia criciumense...
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