segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Procon no Carnaval?

Outro dia, o vereador licenciado e ativo presidente da Fundação Cultural de Criciúma, Daniel Freitas (PP), pegou o carro, a pastinha e se mandou até Floripa. Foi ter um dedo de prosa com o também jovem Filipe Mello, do PR, filho do todo poderoso Jorginho Mello, deputado federal e chefão mor do PR catarinense. Filipe é secretário de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina, da turma do Raimundo Colombo.

Mas nada de política na pauta (claro que nos bastidores houve algum cochicho partidário, eles adoram). Freitas foi levar ao filho-secretário o pedido para desbloqueio da verba do Criciúma Rock - deu certo, a sonzeira vai rolar nos dias 27 e 28 -, e uns trocados para ressuscitar o Carnaval de rua em Criciúma.

Aí o furo é mais embaixo. Projeto é da Liga das Entidades Carnavalescas, e do seu sonhador presidente Vando Brunel. Encontrar o Vando na praça Nereu Ramos é sempre a mesma tecla. "Ó, estamos com o projeto do Carnaval bem encaminhado", ouço há anos desse tão guerreiro quanto sonhador. Mas parece que, dessa vez, a Fundação começou a encarar não como utopia, mas como possibilidade.

É bom lembrar que antes do prefeito Márcio, e antes do interino Itamar, houve o prefeito Clésio, que nitidamente não gostava de Carnaval. Nunca se empenhou por ele. Mas pudera, havia outras prioridades, evidente. E, de mais a mais, Criciúma deixou de ter, nos últimos anos, a cultura forte do Carnaval de raiz que já possuiu por uma simples razão: os carnavalescos de proa já partiram, e os que vivos ainda estão, trocaram o Carnaval pelo sossego, ou nem tanto, do Rincão.

Bem, avançando na conversa. Freitas pediu R$ 400 mil para o filho-secretário. Está no projeto. Hoje, segunda, ficou sabendo que o governo Colombo só mandará R$ 150 mil. Chamou as escolas. Estão conversando. Dá para fazer Carnaval com 150 mil reais? É bom lembrar que faltam dois meses para a folia, e nossas escolas, sabe-se lá quantas temos, não tem um tambor, um pandeiro sequer.

Mas daí vem a nova. Postei comentário a respeito, não faz muito, no Facebook. Entre os comentários de praxe, a maioria detonando a ideia de um Carnaval criciumense, me chamou a atenção o que escreveu a Anelise Paim Praessler. Até pouco tempo, a Anelise foi brilhante servidora do Procon, elogiada por todos. Chegou a chefe interina na ausência do Eduardo Manentti, que foi viver um mês de vereador na Câmara e trinta dias depois voltou. Eis a revelação da Anelise. Está lá, postado, no Face do Denis Luciano:

"Megalomaníacos queriam usar o dinheiro do Procon para isso. Quando digo que aquilo virou um palanque político, dizem que sou louca", desabafou a Anelise. Qual a revelação bombástica? Como assim o Procon patrocinar Carnaval? Ela, a Anelise, me confirmou que já existiu essa ideia, sim. Seria mais uma inédita de Criciúma para o Brasil. As multas aplicadas na Oi, na loja Tal, na Tim, na casa Tal, pagando os bumbos e repiniques da folia criciumense...

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