segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Rio Maina World? Vem aí o Parque Multitemático...

O nome é pomposo, e assim que o ali, me transportei ao Beto Carrero Wold (aliás, ao final da nota contarei uma historia boa sobre o parcão do saudoso Beto).

Acontece que a Câmara aprovou bem discretamente, nesta segunda-feira - as atenções estavam todas voltadas para a óbvia eleição do presidente Ricardo Fabris -, a desapropriação de uma área de 8 hectares, pertencente à família Barato, para ali ser construído o Parque do Imigrante, ou o chamado, no projeto, Parque Multitemático do Rio Maina!

A bancada riomainense está entusiasmada. O vereador Júlio Colombo, líder do governo, do partido do prefeito, fiel aliado e agora vice-presidente da Câmara, acha que o povão vai lotar o parque, que será imagem e semelhança do Parque das Nações, porém dois hectares menor que o seu irmão da Próspera. Aliás, a inveja anda batendo forte em outras regiões da cidade, não contempladas com tais estruturas.

Ciumeiras à parte, a desapropriação de agora é conserto de uma enjambração do governo Clésio. O ex-prefeito havia anunciado, no final de 2012, que a área do futuro Parque do Imigrante já era do município. Mas não era. O conserto veio agora, dois anos depois. Acontece que, na forma de pagamento à família Barato, constavam alguns terrenos, e um deles, localizado no Metropol, teve que ser retirado da permuta, pois há famílias ocupando lá, e retira-las demoraria muito. Com o projeto, transformou-se esse terreno em mais 100 mil reais, e assim todos ficaram felizes. O pagamento vai ocorrer nos próximos dias, prova que o cofre bem guardado pelo Cloir da Soler está com alguns milhões ali guardados mesmo.

Agora, vem outra bronca. Conseguir os R$ 8 milhões necessários para construir o parque. Está na verba encantada que o governador não envia, os R$ 46 milhões prometidos lá vai tempo. E tem outra encrenca: o traçado do Anel Viário passa bem por cima, corta no meio o futuro Parque Multitemático. Eis a brincadeirinha: será que faz parte do Parque Multitemático uma estrada repleta de caminhões e trânsito pesado que vai nos deixar lá para as bandas do Mampituba? Com a palavra, o Deinfra (antes que ele seja extinto pelo governador, claro).

Ah, a historinha. O João Batista Sérgio Murad resolveu, lá pelo início dos anos 90, inventar um parque no litoral norte de Santa Catarina. Comprou um terreno em Penha e foi à luta. Pelo estilo inicial da atração, precisava comprar algumas indumentárias como esporas, celas e outros artigos que remetem aos cavalgadores. Pois bem. Encontrou uma loja bem aprumada em Joinville, não recordo mais o nome. O dono da loja era meu tio, de saudosa memória, o tio Ivair Ferreira, casado com a tia Marilene, irmã do meu pai, também já falecida. Certo, o seu Murad chegou lá e fez várias compras. Gastou 5 mil cruzeiros, ou cruzados novos, uma fortuna para a época. Pagou com um cheque. Que bateu asas e voou. Com esta compra, nascia o Beto Carrero World.

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