terça-feira, 6 de outubro de 2015

Brutal queda na arrecadação e risco aos salários

A queda na arrecadação da Prefeitura de Criciúma tem sido apontada como a causa principal para o déficit mensal, de R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões para a manutenção da máquina pública. O prefeito Márcio Búrigo (PP) citou isso ontem, e hoje o secretário da Fazenda, Cloir da Soler, reiterou, com detalhes. Márcio citou que Criciúma recebia R$ 1,7 milhão do Fundo de Participação dos Municípios em julho de 2014. Um ano depois, esse retorno diminuiu para R$ 900 mil, atingindo em cheio as finanças. E o secretário Cloir reforçou que a queda nos recebíveis via impostos municipais também tem sido dramático.

O ISS, terceiro imposto mais importante para o município, recuou 23% em relação aos primeiros oito meses do ano passado. Com alvarás, a arrecadação diminuiu 7,6%. No IPTU, a queda chegou a 6,3%. "Em paralelo à queda da receita, a despesa só aumentou", comentou.

A demissão de 1.170 servidores, ordenada pela Justiça e que será posta em prática até abril do ano que vem, terá um custo de R$ 4 milhões para a Prefeitura. "Até agora, não temos esse dinheiro. E isso é um mal que vem para o mal mesmo. Afinal, vai desempregar muita gente que ocupa postos chave, e que precisarão ser substituídos. E isso tem um custo", frisou Cloir, em entrevista ao Manhã Eldorado.

Por fim, o titular da área fazendária reconheceu que "não tem 100% de certeza que haverá dinheiro para pagar salários em dia nem a segunda parcela do décimo terceiro salário, no começo de dezembro".

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