Uma semana como prefeito interino bastou para Ricardo Fabris (PSDB) trazer à tona uma série de dívidas que vem na esteira do governo de Márcio Búrigo (PP). "São R$ 30 milhões, que podem chegar a R$ 50 milhões até o final do ano", afirmou Fabris, que voltou hoje à condição de vereador e presidente da Câmara.
Ricardo conta que, enquanto prefeito interino, solicitou ao secretário da Fazenda, Cloir da Soler, uma série de informações oficiais, e está no aguardo das respostas. Mas, de antemão, ele sabe que o Executivo tem dívidas volumosas, por exemplo, com a empresa responsável pelo projeto Criciúma Limpa e a coletora do lixo da cidade, que destina os detritos ao aterro sanitário de Içara.
"São pelo menos R$ 3,6 milhões com a empresa que leva o lixo para Içara, e outros R$ 3 milhões com o Criciúma Limpa", conta Ricardo, que na semana passada já havia levantado informações sobre o débito de pelo menos R$ 1 milhão com a empresa Setep, que fornece massa asfáltica para a prefeitura. Sobre isso, o prefeito Márcio Búrigo respondeu hoje, na Rádio Eldorado, que Ricardo Fabris "falou sobre o que não sabe". "Faltaram dizer ao Ricardo que isso é resultado de dívida da Casan com a prefeitura. A Casan nos deve mais de R$ 1,5 milhão", afirmou o prefeito. Em resposta, Fabris informou ao blog que, de fato, existe essa dívida da Casan, mas que o débito com a Setep nada tem a ver com isso. "É dívida direta, sem relação com o convênio da Casan", encerrou. E o debate vai esquentando já com clima de eleições.
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