Por menos de 200 votos, o PCdoB não elegeu um vereador na última eleição em Criciúma. E esses votos faltaram por conta da impugnação de duas candidaturas na chapa proporcional que, somadas, contemplavam o partido com os sufrágios necessários.
Para evitar dissabores como este, o ex-vereador Douglas Mattos, vice-presidente municipal do PCdoB, está empenhado na montagem de uma nominata forte com o claro objetivo: "voltar a ter um assento na Câmara", ressaltou Douglas, que nos visitou nesta quinta-feira, no projeto Eleições 2016 da Rádio Eldorado.
Entre os nomes fortes do PCdoB à Câmara estão o sindicalista Oderi Ramos; o suplente de vereador Amaral Bitencourt (ex-PDT); o líder sindical dos policiais civis Arilson Nazário; o sindicalista Genilson Gomes, dos trabalhadores da Casan; e o professor Gelson Silvano, engajado nos movimentos sindicais do magistério criciumense. "Eu não sou candidato", assegurou Douglas, que em 2013 concorreu a vice-prefeito pelo PCdoB, coligado ao PMDB do deputado federal Ronaldo Benedet. Douglas revelou que o afastamento em relação ao PT começou justamente no pleito suplementar. "A gente queria oferecer o vice ao PT, eles não aceitaram, daí procuramos outro rumo", contou. Mas o ex-vereador salienta que hoje a relação é cordial com os petistas. "Mas o PT, com todo o respeito ao Fábio Brezola, tem chances mínimas de vitória no ano que vem", apostou.
Quando questionado sobre seus tempos de vereador, fez uma revelação interessante. "Eu era tido como oposição feroz ao prefeito Clésio Salvaro. Mas o secretário Arleu da Silveira, quando precisava articular com a Câmara para agilizar um projeto, sempre pedia para mim. Eu ajudei muito o Clésio enquanto prefeito, e ele reconhece isso", comentou.
Indagado sobre o desempenho do prefeito Márcio Búrigo (PP), o ex-vereador salientou a probidade do atual mandatário do município. "Eu gosto da honestidade do Márcio Búrigo, o que não é pouco nesses tempos de hoje. Ele é esforçado", elogiou. Mattos admitiu a real possibilidade de o PCdoB apoiar Márcio na eleição do ano que vem. "Há uma boa chance sim", afirmou. Mattos concluiu dizendo que "Márcio enfrenta dificuldades pois o Clésio Salvaro, para tocar obras, fez gastos de dois governos em um governo só. E não precisava, ele ganharia a eleição de qualquer forma em 2008".
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