segunda-feira, 13 de abril de 2015

Marco Feliciano para presidente da República?

Ele afirmou que só não foi candidato a presidente da República em 2014 pois não teve apoio no seu partido. "E se tivessem me dado apoio, eu teria feito um estrago nessa eleição", disse o confiante e polêmico Marco Feliciano, deputado paulista do PSC, que visitou Criciúma e conversou com este jornalista perto das 23 horas de sábado, na sede da igreja Assembleia de Deus.

"Eu nunca mais peço voto para o PT. Pedi para Dilma em 2010, pois ela era contra o aborto, e o Serra do PSDB era a favor. Mas eu não sabia que petista mente", disparou, em forte tom crítico em relação aos petistas. Chegou a dizer que "só petista desinformado" faz parte da Assembleia de Deus, e que a guinada rumo à política que sua igreja teve nos últimos anos se deve muito a ele próprio. Contrário ao impeachment, entende porém que se houver provas documentais contra Dilma, cabe um processo de cassação. "Acho que ela não termina esse mandato", diz.

Feliciano quer ser senador. E depois tentar a presidência. E minimiza suas posições polêmicas, embora seja amigo íntimo, "um irmão" como ele diz, do não menos controverso Jair Bolsonaro, deputado do PP fluminense. Formam uma dupla afinada em Brasília. E com muitos fãs. "O Brasil está mais conservador. Todo o extremo é perigoso, seja o de direita, ou o de esquerda, como temos agora. O Brasil está voltando ao centro conservador, por isso elegemos a maior bancada conservadora da nossa história na última eleição".

Opositor ferrenho das novelas da Rede Globo, "pois elas destroem a família brasileira", Feliciano demonstra, por outro lado, total antipatia pelas políticas de regulação da mídia que o governo federal pretende implementar. "Isso é censura. Nossa imprensa livre é o pulmão da democracia".

Não demora e a conversa com Marco Feliciano parte rumo aos homossexuais. "Eu amo gays, sou um pastor. Tenho amigos homossexuais", afirmou. "Mas não quer dizer que sendo amigo, eu aprovo tudo o que fazem", salientou, reforçando sua ideia de família tradicional como a única de fato viável. "Se a criminalização da homofobia valer como os ativistas de agora, bancados pelo governo, querem, eu já estaria preso. Eu posso criticar você, a presidente, um ator, menos os gays".

Marco Feliciano foi a estrela principal do lançamento de um CD na Assembleia de Deus em Criciúma, veio a convite da deputada Geovânia de Sá, a quem chama de futura prefeita de Criciúma. "Eu virei fazer campanha para ela. Quero ela prefeita", arrematou Feliciano, que falou para uma igreja superlotada em seu interior, e fora dela, a rua Duque de Caxias teve que ser fechada para as outras centenas que na parte externa, diante de um telão, assistiram sua fala de uma hora e 40 minutos. Ouça a entrevista de Marco Feliciano à Rádio Eldorado clicando aqui. Leia matéria no Jornal da Manhã desta segunda-feira.

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